Alerta para agravamento da insegurança alimentar no Iémen
Aumento global de preços tido como principal ameaça; agências humanitárias indicam haver escassez de água potável, serviços de saúde inadequados e um grande deslocamento de civis.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa Mundial da Alimentação, PMA, alertou esta sexta-feira para o agravamento da insegurança alimentar no Iémen. De acordo com a agência, metade da população já é afetada pelo problema.
O anúncio, feito em Genebra, junta-se ao de várias agências humanitárias que indicam haver escassez de água potável, serviços de saúde inadequados e um grande deslocamento de civis.
Conflito
O PMA refere que um aumento global nos preços de alimentos pode agravar a insegurança no país, onde centenas de milhares de pessoas deixaram as suas casas.
Em 2011, manifestantes protestaram contra o regime do presidente Ali Abdullah Saleh, que esteve no poder durante cerca de trinta anos, inspirados pelo movimento conhecido como Primavera Árabe.
Transição
No fim do ano, o ex-líder deixou o poder como parte de um acordo mediado pelos países vizinhos, no que marcou o início de um período de transição e de reformas políticas.
Por outro lado, a Organização Internacional para as Migrações, OIM anunciou o reinício do programa de retorno voluntário de migrantes etíopes no país.
A agência indica que cerca de 1 mil pessoas pediram para regressar à sua terra natal. Estima-se que nos primeiros sete meses deste ano, cerca de 63,8 mil etíopes e somalis entraram no Iémen.