Condenada destruição de locais religiosos e sítios históricos líbios
Grupo fala de intimidação e uso excessivo da força contra manifestantes desarmados contrários à destruição.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Três relatores independentes das Nações Unidas condenaram, esta segunda-feira, a destruição de locais religiosos sufistas e de sítios históricos na Líbia.
A perita independente sobre as Questões das Minorias, Rita Izsak, a relatora especial sobre Direitos Culturais, Farida Shaheed, e o relator especial sobre a Liberdade de Religião ou Crença, Heiner Bielefeldt, assinam a nota emitida em Genebra.
Intimidação
O documento condena ainda a intimidação e o uso excessivo da força “contra manifestantes desarmados” que se opuseram às ações.
De acordo com os peritos, a destruição musoléus sufistas começou em Outubro de 2011, tendo continuado este ano na capital, Trípoli, e noutras partes da Líbia.
A nota inclui importantes santuários sufistas como o Sidi Abdul-Salam al-Asmar al-Fituri em Zliten e a Mesquita de Al-Sha'ab no centro de Trípoli, onde foram profanados túmulos e bibliotecas.
Sufistas
Como advertiram, os ataques a locais religiosos sufistas exigem uma “resposta rápida e rigorosa por parte das autoridades.”
O grupo destaca o direito à liberdade de religião e crença, incluindo os direitos das minorias religiosas para a proteção dos locais de culto, bem como o direito do usufruto e do acesso ao património cultural.