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Pillay condena violência na Venezuela e faz apelo ao governo BR

Pillay condena violência na Venezuela e faz apelo ao governo

Alta comissária pede respeito à liberdade de expressão e afirma estar preocupada com um possível aumento das tensões no país; pelo menos 13 pessoas já morreram durante manifestações.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos fez declarações esta sexta-feira sobre a situação na Venezuela. Navi Pillay condena a violência das últimas semanas e apela ao governo para garantir o respeito à liberdade de expressão.

Pillay teme o aumento das tensões no país e por isso, pede aos lados em conflito que substituam a agressão verbal pelo diálogo. Ela acredita que a crise só será resolvida se os direitos de todos os venezuelanos forem respeitados.

Mortes

A alta comissária também está preocupada com o uso excessivo da força por autoridades, como visto na quinta-feira durante protestos em Caracas. Pillay condena a violência na Venezuela, que já matou pelo menos 13 pessoas e fez 140 feridos.

Ela destaca a importância de uma investigação independente e imparcial sobre a situação no país e nota que 579 pessoas já foram detidas, incluindo 11 policiais. Em relação ao alto número de presos, Pillay quer a garantia de que essas pessoas não estejam sendo punidas apenas por participar dos protestos.

Acordo Internacional

A alta comissária pede às autoridades da Venezuela que liberte os que participam de forma pacífica das manifestações, que desarme os grupos armados e garanta que os policiais ajam de acordo com os padrões internacionais.

O escritório de Navi Pillay continua observando a situação no país e está pronto para ajudar o governo venezuelano no cumprimento de todas as suas obrigações diante dos acordos internacionais de direitos humanos.