Agência da ONU abre escritório em Portugal com foco no combate à fome
A nova estrutura foi criada para ajudar a combater a fome e a pobreza nos países lusófonos e contou com a presença do director-geral da FAO, José Graziano da Silva.
João Rosário, da Rádio ONU em Lisboa.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Agricultura, FAO, inaugurou, esta segunda-feira, o seu primeiro escritório em Lisboa com o objectivo de auxiliar no combate à pobreza e à fome nos Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Cplp.
O director-geral da FAO, José Graziano da Silva, presidiu à inauguração das novas instalações onde disse que, apesar haver iniciativas de cada país da Cplp de combate à fome, o escritório “vai trazer uma articulação ao nível dos vários países.”
Comunidade Efectiva
Graziano da Silva disse que acredita "que este sector e o memorando de entendimento” que possa ser assinar rapidamente “ajudem a dar esse sentimento de pertença dos países de língua portuguesa como uma comunidade efectiva.”
Ele afirmou ainda que a FAO “tem um compromisso com a Cplp”, e disse que ele também tem um “compromisso pessoal com a Cplp”.
O escritório da FAO em Lisboa fica na sede da Cplp, no Palácio Penafiel.
Próximos Tempos
O secretário-executivo da comunidade, Domingos Simões Pereira, realçou a importância que terá para a comunidade, uma vez que "a Cplp foi capaz de levar uma proposta à conferência de chefes de Estado e governo em Maputo assumindo a segurança alimentar como um enfoque nos próximos tempos.”
Pereira lembrou ainda que “uma articulação muito positiva que a Cplp faz, não só mantendo a consistência e coerência das políticas que desenvolve mas assumindo um desafio que toca em áreas assumidas como essenciais".
“A Cplp foi capaz de levar uma proposta a conferência de chefes de Estado e de governo assumindo a segurança alimentar e nutricional como um enfoque da organização nos próximos tempos. E parece ser realmente uma articulação muito positiva que a Cplp faz. Não só mantendo consistência e coerência nas políticas que desenvolve, mas assumindo um desafio que também toca em áreas económicas que são hoje tidas como essenciais”.
A FAO desenvolve projetos nos países do bloco avaliados em US$ 200 milhões de dólares, equivalentes a cerca de € 163 milhões.
De acordo com uma declaração aprovada na cimeira de chefes de Estado e de governo da Cplp, cerca de 28 milhões de pessoas dos países lusófonos são afectadas pela fome e pela pobreza.