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Cplp pode ajudar Guiné-Bissau política e financeiramente, diz presidente

Bandeira da Guiné-Bissau.

Cplp pode ajudar Guiné-Bissau política e financeiramente, diz presidente

José Mario Vaz conversou com a Rádio ONU após sua intervenção na Assembleia Geral da ONU; o presidente guineesese citou parcerias com países lusófonos africanos, Brasil e Portugal.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Para o presidente da Guiné-Bissau, José Mario Vaz, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Cplp, pode ajudar os guineenses nos pontos de vista financeiro e político para resolver o impasse institucional.

Esta quinta-feira, os Estados membros do bloco tiveram um encontro às margem da 71ª Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.

“A Cplp pode intervir em duas direções. Do ponto de vista político, a Cplp pode ajudar na aproximação das partes, e já está a ser feito. E as pessoas que estão a fazer, os países que estão a fazer, as individualidades que estão a fazer, não estão a dar a cara neste momento, mas nós temos as informações que muitos estão a trabalhar nesse sentido, ajudar na aproximação das partes do ponto de vista político. Do ponto de vista financeiro, a Cplp é importante porque é o espaço onde nós podemos de fato trocar muitas informações.”

Brasil

O presidente guineense citou a importância da parceria com o Brasil.

“O Brasil é um país que detém uma tecnologia extremamente importante neste momento para os países menos avançados. Queremos resolver um grande problema que temos hoje na Guiné, que é dar de comer à nossa população. Não podemos ser governantes e ter realmente as pessoas com fome. Eu sei que o Brasil tem uma tecnologia apropriada para nos ajudar a desenvolver a nossa agricultura, nossa pecuária e quiçá também na transformação dos nossos produtos primários, começar a criar, portanto, valores, acrescentando valores à nossa matéria-prima.”

Angola

José Mario Vaz mencionou ainda a possível colaboração com outros países de língua portuguesa e disse que “mais do que nunca” Guiné-Bissau e Cabo Verde estão a trabalhar juntos.

“Temos uma parceria muito forte com Angola, devido realmente a essa situação difícil em que o país se encontra. Angola está disposta a retomar o diálogo, estamos trabalho no sentido a organizar a comissão mista entre os dois países para ver se retomamos rapidamente as relações que já existiam. Angola tem muitos interesses na Guiné-Bissau e nós estamos dispostos realmente a trabalhar com Angola.”

O presidente guineense afirmou que o país não está ainda a trabalhar com Moçambique, mas mencionou encontro com o presidente Filipe Jacinto Nyusi, tendo elogiado avanços na produção de arroz em Moçambique.

Acompanhe na Rádio ONU a cobertura da 71ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

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