Economia angolana deve crescer 7% este ano, indica o FMI
Instituição aponta, entretanto, a vulnerabilidade da economia angolana face ao declínio dos preços do petróleo; avaliação prevê também um aumento da receita fiscal devido a reformas na administração no setor.
[caption id="attachment_202182" align="alignleft" width="350" caption="Sede do FMI"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Angola deve ter crescimento económico global em torno de 7% devido à retoma da produção petrolífera em 2012, indica o Fundo Monetário Internacional, FMI.
Nesta segunda-feira, a instituição publicou um relatório, em Washington, sobre a primeira monitorização ao programa de ajuda ao país. O documento refere-se à vulnerabilidade da economia angolana face ao declínio dos preços do petróleo.
Investimento Público
Gradualmente, os setores energético, de transporte e de construção poderão beneficiar de programas de investimento público, indica a instituição. Entretanto, a seca deve afectar a produção agrícola e aos preços alimentares.
O FMI prevê também um aumento da receita fiscal, como resultado das reformas na administração no setor, mas alerta que o desempenho não poderá compensar totalmente à queda das receitas do petróleo.
Desafios
Entretanto, os desafios colocados pelo FMI às autoridades angolanas incluem a definição de um quadro fiscal global a médio prazo e o aumento de reservas internacionais perante o ambiente de grandes riscos externos.
A avaliação chama igualmente a atenção para a necessidade de se “permitir que haja uma transformação estrutural e diversificação da economia” com vista a promover um crescimento mais inclusivo.