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Acnur aponta progressos na crise de fome na Somália, um ano depois

Acnur aponta progressos na crise de fome na Somália, um ano depois

Em quatro meses, cerca de 20 mil somalis entraram no Quénia, Etiópia, Djibuti e Iémen; agência alerta que stocks alimentares continuam “perigosamente baixos”.

[caption id="attachment_217202" align="alignleft" width="350" caption="Crédito: UNHCR/S.Modola"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O fluxo de somalis em fuga para os países vizinhos diminuiu nos primeiros quatro meses deste ano, indica o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur.

Em conferência de imprensa, esta terça-feira, em Genebra, a agência referiu que no período, cerca de 20 mil somalis entraram no Quénia, Etiópia, Djibuti e Iémen. Entre Junho e Setembro, cerca de 40 mil somalis fugiam mensalmente do seu país.

Desafios

Entretanto, a agência sublinha que a Somália continua a braços com “enormes desafios”, um ano após a combinação da seca e o conflito ter desalojado milhares de pessoas para os países vizinhos.

No início da crise, o  Acnur indica que a prioridade eram programas de nutrição nos centros de acolhimento, de trânsito e nos acampamentos. Diariamente, o número de mortos rondava os 17 por  cada 10 mil somalis.

Fome

A agência indica que apesar do fim do fim da fome, os estoques de alimentos continuam “perigosamente baixos” em muitas partes do país, devido às fracas chuvas sazonais.

Vários deslocados são obrigados a seguir viagens perogosascom destino aos acampamentos no Quénia e na Etiópia “devido à dificuldades de distribuição alimentar agravadas pela violência contínua.”

Refugiados

O Acnur refere, no entanto, ter havido melhorias no estado de saúde dos refugiados com os níveis de desnutrição e de mortalidade entre as crianças a diminuir de forma considerável.

No último ano, o Acnur diz ter ter combinado a vacinação em massa com outras medidas de saúde pública, num esforço para salvar vidas.

Em Setembro do ano passado, as taxas de mortalidade e de malnutrição começaram a cair em relação aos níveis recorde, mas somente após seis meses voltaram aos níveis inferiores aos de emergência.