Acesso a recursos pode criar tensões entre refugiados e comunidades no Quénia
Acnur receia que acesso limitado das populações à água e a outros recursos promova discórdia em queniano que acolhe refugiados sul-sudaneses, Burundi, da Etiópia, da Somália.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, advertiu sobre possíveis tensões entre habitantes e elementos das comunidades quenianas próximas do campo de refugiados de Kakuma.
Os receios surgem devido ao acesso limitado das populações à água e a outros recursos. O acampamento, localizado no norte, já ultrapassou a sua capacidade máxima de acolher 100 mil pessoas.
Expansão
Instalado há dez anos, o local é confrontado com um aumento da população que estaria a criar obstáculos para as operações de ajuda, refere o Acnur.
A agência considera impossível expandir o acampamento, por não haver novas fontes de água. A quantidade diária recebida por cada refugiado é inferior a 20 litros, o mínimo recomendado.
Fluxo
O Acnur aponta que a chegada constante de refugiados nos últimos dois anos, provenientes dos estados sul-sudaneses de Jonglei e Kordofan, faz prever um maior fluxo até finais de 2013.
Nos primeiros sete meses deste ano, 12,1 mil pessoas foram registadas no acampamento, que também acolhe refugiados do Burundi, da Etiópia, da Somália e da República Democrática do Congo.