Após casos em Gaza, FAO quer evitar alastramento da febre aftosa no Oriente Médio
Agência da ONU teme que doença se espalhe também para o norte da África; surtos da variante SAT2 também já foram notificados no Egito e na Líbia, em fevereiro.
[caption id="attachment_215369" align="alignleft" width="350" caption="Foto: FAO"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, alertou para o risco de um surto de febre aftosa no Oriente Médio e no norte da África. O anúncio foi feito após a doença ter sido notificada na Faixa de Gaza, nos territórios palestinos.
Em comunicado, emitido nesta quarta-feira, a FAO disse que é preciso intensificar esforços evitar um alastramento na região.
Rebanhos
Em fevereiro, uma variante da febre aftosa, SAT2, foi registrada no Egito e na Líbia. O receio de que a doença se espalhasse para as áreas vizinhas foi confirmado com a notificação de casos em animais em Rafah, a cidade localizada na fronteira de Gaza com o Egito.
A doença está afetando os rebanhos que ainda não são resistentes à nova variante.
O veterinário-chefe da FAO, Juan Lubroth, lembrou que “as doenças não respeitam fronteiras internacionais”. Segundo ele, a febre aftosa pode se espalhar por todo o Golfo, chegando ainda a países no sul e no leste da Europa.
A agência informou que a Faixa de Gaza irá receber um lote com 20 mil doses da vacina para proteger seus rebanhos. Um segundo lote com 40 mil doses será direcionado a cabritos e ovelhas.