ONU aponta aumento da violência sexual no Mali
Representante do Secretário-Geral sobre Violência em Conflitos aponta que além de denúncias de sequestros e estupros públicos, mulheres e meninas estariam sujeitas a actos de violência sexual diante de familiares.
[caption id="attachment_207487" align="alignleft" width="350" caption="Margot Wallström"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas alertaram que a continuação da agitação no norte do Mali traz à tona um número alarmante de relatos de actos de violência sexual.
A crise política no país seguiu-se à tomada do poder por militares rebeldes em finas do mês passado, que desencadeou uma ofensiva de rebeldes Tuaregue que assumem o controle de várias cidades do norte.
Responsáveis
Em comunicado, publicado esta terça-feira, a representante do Secretário-Geral sobre Violência em Conflitos, Margot Wallström, disse que a actuação dos responsáveis, combatentes e seus comandantes, pode incorrer a “crimes de guerra ou contra a humanidade.”
As denúncias referidas incluem sequestros, estupros públicos além de “mulheres e meninas sujeitas a actos de violência sexual diante de familiares.”
Mulheres e raparigas
Walstrom manifestou a sua condenação “nos termos mais fortes possíveis” aos alegados incidentes de violência sexual cometidos contra as mulheres e raparigas do país.
A responsável recordou que caso sejam apresentadas suspeitas credíveis, os envolvidos, de qualquer das partes do conflito, podem ser publicamente identificados conforme prevê o Conselho de Segurança.