Ban reafirma condenação à tomada do poder pela força no Mali
Declaração do Secretário-Geral vem na sequência do posicionamento do Conselho de Segurança; Ban apela ao fim da violência e à busca de uma solução pacífica através do diálogo.
[caption id="attachment_207882" align="alignleft" width="350" caption="Conselho de Segurança"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral da ONU saudou a forte condenação do Conselho de Segurança da tomada de poder pela força no Mali e renovou o seu apelo pela restauração imediata da ordem constitucional no país.
Na nota, emitida nesta quinta-feira, Ban Ki-moon diz tratar-se de uma “mensagem firme e clara que deve ser considerada sem demoras.”
Ataques e Saques
Ao reafirmar a posição do Conselho, que exigiu que os rebeldes que levaram a cabo ataques e saquearam partes do território do Mali ponham fim à violência, Ban pediu que estes busquem uma solução pacífica através do diálogo.
A 22 de Março, militares tomaram o controle do poder e anunciaram a dissolução do Governo liderado pelo presidente maliano, Amadou Toumani Touré.
Solução
O Secretário-Geral promete continuar envolvido em contactos em prol de uma solução para a situação com líderes africanos que incluem os presidentes da Mauritânia, do Níger e o primeiro-ministro da Argélia.
O líder do Burkina Faso, apontado como mediador da crise pela Comunidade dos Países da África Ocidental, Cedeao, os presidentes do Mali, da Cote d´Ivoire, Alassane Ouattara e da Comissão da União Africana, Jean Ping, participam também nos esforços para a busca de uma solução pacífica para a crise maliana.
A crescente ameaça do terrorismo no Sahel foi igualmente apontada como preocupante por Ban Ki-moon, que pediu aos líderes da região africana que “continuem a trabalhar firmemente” para combater o fenómeno.