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Fim de semana de eleições presidenciais no Timor-Leste e na Guiné-Bissau BR

Fim de semana de eleições presidenciais no Timor-Leste e na Guiné-Bissau

Dois países de língua portuguesa, um no sudeste da Ásia, e o outro no oeste da África, escolhem neste fim de semana, seus novos chefes de Estado.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*

Neste fim de semana, eleitores do Timor-Leste e da Guiné-Bissau vão às urnas escolher seus novos presidentes. A votação no Timor, o país de língua portuguesa no sudeste da Ásia, ocorre neste sábado.

Já as eleições da Guiné-Bissau, uma outra nação lusófona, no oeste da África, estão marcadas para o domingo.

Consolidação da Paz

O pleito na Guiné teve de ser antecipado depois da morte do presidente Malam Bacai Sanhá, em janeiro.

De acordo com a mídia local, existem 14 candidatos concorrendo entre eles o atual primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, o ex-presidente, Kumba Ialá, além do independente, Henrique Rosa.

Em nota, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma votação pacífica no domingo. O porta-voz do Escritório das Nações Unidas em Bissau, Vladimir Monteiro, falou sobre o papel da organização no pleito.

“Houve uma resposta total da comunidade internacional com US$ 7,6 milhões para apoiar não só as presidenciais, mas também as legislativas que deverão ocorrer no final de 2012. Houve também, da parte das Nações Unidas, um trabalho no terreno, quer para coordenação deste apoio, quer para ajudar o comando conjunto, as forças de defesa e de segurança para garantir a segurança do escrutínio”.

Apoio Logístico

Já no Timor-Leste, vários candidatos disputam a cadeira presidencial incluindo o atual detentor do cargo, José Ramos Horta, o vice-primeiro-ministro Luís Guterres, o candidato da oposição, Francisco Guterres e o independente, Taur Matan Ruak.

Nesta entrevista à Rádio ONU, de Díli, Andrés del Castillo, assessor- chefe técnico da Equipe de Apoio Eleitoral das Nações Unidas,  falou sobre a votação.

“As Nações Unidas tem apoiado todo o processo eleitoral em Timor-Leste, desde a consulta popular de 1999. O papel das Nações Unidas tem mudado ao longo do tempo. Agora, as eleições que estamos preparando em 2012 são muito importantes, já que marcam o nível no qual as autoridades estão com a maior responsabilidade. O apoio da ONU é mínimo, só em áreas específicas, sob pedido das autoridades nacionais.”

As Nações Unidas têm um Escritório em Bissau para ajudar no processo de consolidação da paz no país, e uma Missão Integrada no Timor-Leste, que deve terminar no fim deste ano, no país asiático.

*Com reportagem de Daniela Traldi, Unmit e de Vladimir Monteiro, Uniogbis, Bissau.