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Timor-Leste deve registar maior taxa de crescimento entre lusófonos em 2017

Em 2016, Angola teve uma queda nos investimentos na sequência de uma baixa nos preços do produto e na produção petrolífera. Foto: Banco Mundial.

Timor-Leste deve registar maior taxa de crescimento entre lusófonos em 2017

Banco Mundial destaca que Brasil deve ter maior margem de crescimento no grupo após retração de 3,4% no ano passado; em Angola continuam “severas tensões económicas e financeiras”; Cabo Verde retomará expansão.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

O Produto Interno Bruto, PIB, de Timor-Leste deverá ter o índice mais alto de crescimento entre os países de língua portuguesa para atingir 5,5% este ano.

O Relatório Perspetivas de Crescimento Global 2017 prevê um avanço de meio ponto percentual em relação a 2016. A médio prazo, a expansão da economia não ligada ao petróleo deve ajudar o país a recuperar o investimento público.

Angola

O Banco Mundial prevê ainda que a economia de Angola se expanda a 1,2% em 2017, após um crescimento de apenas 0,4% em 2016. O país deve continuar com “severas tensões económicas e financeiras”, que afetam os maiores exportadores de petróleo de África.

Em 2016, Angola teve uma queda nos investimentos na sequência de uma baixa nos preços do produto e na produção petrolífera.

Brasil e Cabo Verde

O crescimento da economia no Brasil deve chegar a 0,5%, após uma retração de 3,4% no ano passado. O Banco Mundial prevê que esse desempenho positivo impulsione a melhoria das perspetivas para a América Latina.

Cabo Verde deve ser marcado por uma retoma do avanço da economia de 3,0% para 3,3% este ano. O crescimento deve-se ao turismo, ao investimento estrangeiro e à melhoria da procura interna. Esse ritmo deve continuar moderado devido ás incertezas na Europa, o principal mercado de exportação.

Guiné-Bissau e Moçambique

O relatório do Banco Mundial prevê que a economia da Guiné-Bissau cresça 5,1% em 2017, depois dos 4,9% do ano passado.

Em Moçambique, o crescimento deve baixar 3% dos 6,6% alcançados em 2016. O país está entre os exportadores de metais onde aumentaram a dívida pública e o risco de crédito soberano com preocupações com a sustentabilidade da dívida. A expectativa é que avanços no setor de energia ajudem a impulsionar o investimento na produção de gás.

A falta de dados não permitiu fazer previsão do Produto Interno Bruto de São Tomé e Príncipe.

*Apresentação: Denise Costa.

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