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FMI concede nova tranche de US$3,77 milhões para Guiné-Bissau

FMI concede nova tranche de US$3,77 milhões para Guiné-Bissau

Esta é a terceira fase da revisão do desempenho económico do país; Fundo mostra perspetivas globais positivas, mas é essencial ter estabilidade política.

[caption id="attachment_208850" align="alignleft" width="350" caption="Foto: Governo da Guiné-Bissau"]

Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional, FMI, acordou um financiamento imediato de um montante de cerca de US$ 3,77 milhões a Guiné-Bissau.

Somado ao valor acordado antes, dá um total de cerca de US$ 23,6 milhões para o país lusófono.

Desempenho económico

A 2 de dezembro, o FMI completou a terceira revisão de garantia de financiamento do desempenho económico da Guiné-Bissau, ao abrigo de um programa da Estrutura de Concessão de Crédito, ECF.

O programa económico de três anos foi acordado em maio de 2010.

Como objetivos principais, estão ajudar o país a ter uma sustentabilidade fiscal e de dívida, alcançar um crescimento económico mais forte e atenuar a pobreza.

Crescimento dinâmico

Na reunião de aprovação do crédito, o diretor-geral adjunto e presidente em exercício, Min Zhu, elogiou as autoridades guineenses pelo desempenho satisfatório do programa.

O diretor disse que o crescimento económico do país tem sido dinâmico, beneficiando de uma boa colheita de caju e do comércio, com o apoio de políticas macroeconómicas prudentes e a implementação de reformas estruturais.

As perspectivas económicas para 2012 são positivas, embora a economia continue vulnerável.

No entanto, as incertezas das economias avançadas criam riscos, e o crescimento nacional sustentável exige estabilidade política contínua, governança efetiva e progresso nas reformas estruturais, segundo Zhu.

Medidas nacionais

Para alcançar os objetivos estipulados, o FMI sugeriu medidas a seguir pelas autoridades nacionais. Medidas que devem ser associadas a uma política fiscal prudente com o gasto dos recursos disponíveis, mobilização de mais rendimentos, proteção de prioridades de gastos (despesas) e salvaguarda de recursos para imprevistos.

Esta é a primeira vez, em anos, que as receitas fiscais do orçamento de 2012 serão suficientes para cobrir as despesas correntes, de modo a que a assistência orçamental seja canalizada para suportar os gastos em infraestruturas e outros investimentos de capital.