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FMI e governo liberiano criam sistema de pagamento de professores

FMI e governo liberiano criam sistema de pagamento de professores

Cerca de 15 anos de guerra civil destruíram o quotidiano dos cidadãos; a instituição fornece ao governo assistência técnica de especialistas para reerguer o ensino e as finanças públicas.

[caption id="attachment_207951" align="alignleft" width="350" caption="Professores recebem pagamentos com atrasos"]

Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.

A guerra civil de cerca de 15 anos complicou o quotidiano dos mais de 4 milhões de habitantes da Libéria.

As estradas e edifícios ficaram destruídos, as pessoas tiveram de deslocar-se das suas origens e as escolas fecharam no pequeno país da costa ocidental africana.

Neste momento, a Libéria necessita de ajuda para a reconstrução, principalmente nas áreas do ensino e da reforma das finanças públicas, de acordo com a revista online do Fundo Monetário Internacional, FMI.

Ensino

As escolas do país têm problemas de pagamentos atrasados de professores.

É o caso por exemplo, do liceu Matilda Newport, na Monróvia, onde as turmas são ocupadas por alunos jovens que já são chefes de família e têm de encarregar-se de irmãos mais novos, porque a guerra matou os pais.

De acordo com o diretor da escola em entrevista à revista Survey Online do FMI, Stephen George, “o sistema anterior era muito confuso, porque durante os tempos livres não havia professores, os quais tinham de deixar a escola para ir buscar os pagamentos”. O sistema atual é melhor, para este diretor.

Finanças

A assistência Técnica do FMI tem especialistas em setores como a reforma orçamental, a gestão de finanças públicas e o sistema de pagamentos em todo o mundo, ajudando as nações que necessitam de ajuda com a partilha de experiência já adquirida com mais de 100 países.

As organizações da sociedade civil reivindicam neste momento reformas e mais responsabilidade e transparência na gestão dos recursos dos contribuintes.