Libéria lança projeto de apoio psicossocial devido ao ébola

Escolas devem acolher iniciativa de apoio à saúde mental infantil;  Banco Mundial e Japão estão na parceria que deve beneficiar 18 mil pessoas.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Foi lançado, esta quarta-feira, na capital liberiana, Monróvia, um projeto para ajudar a fazer frente aos efeitos psicológicos da crise do ébola além de promover a saúde psicossocial no país.

Trata-se de uma parceria de US$ 3 milhões, que envolve o Banco Mundial e os Governos da Libéria e do Japão. O país africano teve o segundo maior número de casos da doença, ao registar mais de 9,2 mil pacientes desde o surgimento do surto.

Crianças

De acordo com a instituição financeira, cerca de 18 mil pessoas devem ser beneficiadas pela iniciativa nos condados de Montserrado e Margibi no noroeste do país.

O Projeto de Apoio Psicossocial, Saúde e Resiliência na Libéria tem a componente de saúde mental de crianças, a ser implantado nas escolas. A outra meta da iniciativa é capacitar e formar profissionais de saúde mental.

Alívio

Entretanto, esta terça-feira o Fundo Monetário Internacional, FMI, anunciou o desembolso de cerca de  US$ 45,6 milhões, ao abrigo da linha de crédito rápido para o país. Outros  US$ 36,5 milhões foram atribuídos no âmbito do Alívio e Contenção de Desastres.

O FMI defende que a economia liberiana pode ter estagnado em 2014 e deve contrair este ano, devido ao impacto da epidemia na redução dos investimentos nas áreas de mineração e infraestrutura.

Espera-se que, somente no próximo ano, ocorra uma recuperação gradual da atividade económica liderada pelo setor de serviços.

No domingo, o governo liberiano declarou oficialmente abertas as fronteiras do país com os vizinhos Serra Leoa e Guiné Conacri. As três nações foram as mais gravemente afetadas pelo surto que fez 23.371 mil casos e cerca de 9.442 mortes.