Perspectiva Global Reportagens Humanas

ONU pede transição pacífica após protestos que mataram 24 no Egito BR

ONU pede transição pacífica após protestos que mataram 24 no Egito

Em nota, Secretário-Geral pediu aos egípcios que permaneçam unidos e disse que está “profundamente triste” com a perda de vidas; violência matou cristão cópticos, que formam 10% da população do país árabe.

[caption id="attachment_205551" align="alignleft" width="350" caption="Ban Ki-moon pediu união"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a todos no Egito que mantenham o que ele chamou de “espírito das mudanças históricas”, realizadas no país durante o início do ano.

Ban fez o apelo após a morte de pelo menos 24 pessoas, neste domingo, em novos protestos de rua. Segundo agências de notícias, foram as manifestações mais violentas desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.

Incêndio

Em nota, Ban disse que estava “profundamente consternado” com a perda de vidas. Centenas de pessoas ficaram feridas. A violência começou quando cristãos cópticos saíram às ruas para protestar contra um incêndio, aparentemente criminoso, de uma igreja na província de Assuã, no sul do país.

Segundo testemunhas, os manifestantes teriam sido atacados por alguns elementos e logo depois, alvos de disparos por forças de segurança.

Em nota, Ban Ki-moon pediu às autoridades do regime de transição do Egito, que está sendo governado por uma junta militar, que garantam a proteção dos direitos humanos e das liberdades civis de todos no país.

Regime Civil

Segundo dados locais, os cristãos cópticos formam 10% da população egípcia, o equivalente a cerca de 8,5 milhões de pessoas.

Ban Ki-moon encerrou a nota pedindo uma “transição pacífica, transparente e ordeira, e que responda à aspirações do povo egípcio.” Ele também pediu eleições livres e críveis e que conduzam a um regime civil no país arábe.