Ban pede união no Egipto após violência
Em nota, Secretário-Geral pede menifesta tristeza com a perda de vidas; violência matou cristãos coptas, que formam 10% da população do país.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Secretário-Geral da ONU pediu aos egípcios que mantenham o que chamou de “espírito das mudanças históricas”, realizadas no país durante o início do ano.
Ban Ki-moon fez o apelo após a morte de pelo menos 24 pessoas, neste domingo em novos protestos nas ruas do país. Segundo agências noticiosas, as manifestações foram as mais violentas desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em Fevereiro.
Perda de Vidas
Em nota, Ban disse que estava “profundamente consternado” com a perda de vidas. Centenas de pessoas ficaram feridas. A violência começou quando cristãos coptas saíram às ruas para protestar contra um incêndio, aparentemente criminoso, de uma igreja na província de Assuão, no sul do país.
Segundo testemunhas, os manifestantes teriam sido atacados por alguns elementos e logo depois, alvos de disparos por forças de segurança.
Junta Militar
Em nota, Ban Ki-moon pediu às autoridades do regime de transição do Egipto, que está a ser governado por uma junta militar, que garanta a protecção dos direitos humanos e das liberdades civis de todos no país.
Segundo dados locais, os cristãos coptas formam 10% da população egípcia, o equivalente a cerca de 8,5 milhões de pessoas.
Ban Ki-moon encerrou a nota pedindo uma “transição pacífica, transparente e ordeira, e que responda à aspirações do povo egípcio.” Ele também pediu eleições livres e credíveis e que conduzam a um regime civil no país árabe.