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Na ONU, Israel convida palestinos para negociações ‘imediatamente’ BR

Na ONU, Israel convida palestinos para negociações ‘imediatamente’

Em discurso na Assembleia Geral, primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diz que não é preciso esperar o retorno ao Oriente Médio para voltar a falar de paz.

[caption id="attachment_205269" align="alignleft" width="350" caption="Benjamin Netanyahu discursou na Assembleia Geral nesta sexta-feira"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convidou os palestinos a retomarem negociações de paz imediatamente.

Ao discursar na Assembleia Geral, nesta sexta-feira, o premiê de Israel convidou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a se encontrar com ele para negociar a paz. Netanyahu, primeiro, sugeriu ir a Ramallah, capital da Cisjordânia, mas depois mudou de tom.

Assentamentos

O premiê israelense disse que tinha uma sugestão ainda melhor, uma vez que os dois estavam no mesmo prédio, na sede da ONU. E afirmou: “Nós estamos no mesmo edifício. Vamos nos encontrar agora”.

Netanyahu assumiu a tribuna alguns discursos após o do presidente palestino Mahmoud Abbas. Segundo ele, a “razão do conflito palestino não são os assentamentos, mas sim o fato de os palestinos não reconhecerem Israel”.

O líder do governo israelense disse que é hora de os palestinos entenderem que “Israel é o Estado judaico”, e novamente arrancou aplausos dos presentes.

Judeia

Netanyahu continuou a linha de raciocínio explicando que o seu povo é chamado judeu porque eles vêm da Judeia, afirmando ao se referir ao local adjacente à cidade de Jerusalém.

Em seu discurso na Assembleia Geral, Mahmoud Abbas disse que os palestinos chegaram ao seu limite e que por isso estão pedindo reconhecimento como Estado-membro das Nações Unidas.

Antes de iniciar um encontro com representantes do Quarteto Diplomático para o Oriente Médio, em Nova York, na tarde desta sexta-feira, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, informou aos participantes que entregou a carta de Abbas solicitando a pertença à ONU ao Conselho de Segurança.