Conselho de Segurança debate candidatura da Autoridade Palestina
Carta pedindo a adesão do grupo como Estado-membro da ONU foi recebida pelo órgão na semana passada.
[caption id="attachment_205555" align="alignleft" width="350" caption="Pedido de adesão do território palestino está sendo discutido pelo Conselho de Segurança"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança está analisando, nesta quarta-feira, o pedido da Autoridade Palestina de se tornar um novo membro das Nações Unidas.
A carta solicitando a adesão foi entregue pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, na semana passada.
Expectativas
Pelo protocolo, o pedido segue para o Conselho que decidirá recomendar ou não a candidatura à Assembleia Geral.
Antes do encontro, os representantes de Israel e da Autoridade Palestina falaram aos jornalistas sobre suas expectativas para a reunião.
O embaixador israelense, Ron Prosor, disse que a situação de seu país com os palestinos não será resolvida com a candidatura na ONU.
Prosor disse que os palestinos não vão se tornar o país número 194 da ONU através do processo no Conselho de Segurança. Segundo ele, o caminho para a criação de um Estado palestino passa pelas negociações diretas com Israel.
Debates
Já o representante palestino falou sobre o que chamou de “responsabilidade do Conselho de Segurança”.
O observador permanente palestino junto à ONU, Riyad Mansour, disse que espera que o Conselho de Segurança arque com a responsabilidade de recomendar a candidatura à Assembleia Geral da ONU abrindo assim o caminho para que os palestinos se tornem um Estado-membro da organização.
O tema foi destaque também durante os debates da Assembleia Geral da ONU entre líderes internacionais, na semana passada.
Países de língua portuguesa como Brasil e Angola declararam seu apoio
à criação do Estado palestino.
Negociações
Ao assumir a tribuna, com uma cópia da carta em mãos, o presidente palestino Mahmoud Abbas disse que a situação tinha chegado ao limite e, que por isso, ele havia entregado a carta à ONU pedindo providências.
Minutos depois, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convidou os palestinos a voltarem à mesa de negociações, no próprio prédio da ONU, mas o pedido foi negado pelas autoridades palestinas.