PMA abre novas rotas para socorrer somalis entre ‘a vida ou morte’
Chefe da agência visita o país do Corno de África; cerca de metade da população do país está em situação de crise.
[caption id="attachment_202065" align="alignleft" width="350" caption="O PMA presta assistência a 1,5 milhão de pessoas "]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU, em Nova Iorque.
A Somália está numa situação de vida ou morte, afirmou esta quinta-feira a directora executiva do Programa Mundial da Alimentação, PMA, Josette Sheeran.
A chefe da agência visita o país, assolado pela fome que afecta a região do Corno de África. Cerca de metade da população somali, estimada em 3,7 milhões de pessoas, está em situação de crise.
Pontes Aéreas
Sheeran anunciou, para breve, o início de pontes aéreas para a capital, Mogadíscio, para distribuição de suplementos especiais e alimentos nutritivos para as crianças.
De acordo com o comunicado, o PMA apoia as declarações de insurgentes al-Shabaab dando conta da abertura do acesso das agências humanitárias às áreas sob o controlo, no sul da Somália.
Epicentro da Fome
Sheeran disse que estão em curso acções no terreno para estudar formas de salvar a vida das vítimas além de abastecer, o mais rápido possível, aos que se encontram “no epicentro da fome.”
O PMA presta assistência a 1,5 milhão de pessoas e espera aumentar o número de beneficiários para 2,2 milhões, com os abastecimentos às zonas inacessíveis do país.
Entrega Directa
A agência aponta que diz ter optado por fazer a entrega directa de alimentos no sul da Somália a pessoas que se apresentam “muito doentes e fracas para ir em busca de comida”.
Uma série de novas rotas - por terra e ar – devem ser abertas para o núcleo da zona de fome para estabelecer as condições operacionais necessárias, incluindo aqueles que irão garantir a segurança do pessoal humanitário, anunciou o PMA.