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Desmatamento e educação são desafios nas Metas do Milênio para AL e Caribe BR

Desmatamento e educação são desafios nas Metas do Milênio para AL e Caribe

Região registrou avanços no combate à fome e desigualdade de gênero, mas luta contra a pobreza, saúde materna e HIV/Aids registram progressos lentos, segundo relatório da ONU.

[caption id="attachment_200613" align="alignleft" width="350" caption="Desmatamento registra progresso lento para as Metas do Milênio"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Um relatório das Nações Unidas, divulgado nesta quinta-feira, revela que a América Latina e o Caribe tiveram avanços no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, mas ainda precisam de progressos em várias áreas.

O relatório das Metas do Milênio foi lançado, em Genebra, pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.

Plano de Ação

Segundo o documento, os países latino-americanos e caribenhos avançaram no combate à fome, à desigualdade de gênero e à mortalidade infantil.

Já o combate à pobreza, os índices de educação, saúde materna, HIV e desmatamento estão registrando progressos lentos.

As Metas do Milênio são um plano de ação para eliminar males sociais até 2015.

De acordo com os dados da ONU, a taxa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos na região caiu de 52% em 1990 para 23% em 2009. A redução leva a crer que a região como um todo irá cumprir a meta.

Novas Infecções

O combate à pobreza, no entanto, tem se mostrado mais difícil. Entre 1990 e 2005, a quantidade de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia diminuiu apenas 3%.

Enquanto países como o Brasil registram ganhos importantes no combate ao HIV, o Caribe está com a segunda maior taxa de novas infecções de todo o mundo em desenvolvimento.

O acesso a saneamento também é baixo em quase todos os países. Dados do Ibge sugerem que em algumas cidades brasileiras, mais de 90% dos moradores não têm acesso a esgoto tratado.

O desmatamento também continua sendo um dos grandes desafios para vários países da região. Mas a América do Sul registrou uma perda líquida de florestas com pouco menos de 4 milhões de hectares por ano durante o período de 2000 a 2010, apesar do fato de o desmatamento estar diminuindo em nível global.