Suécia vai abrigar crianças líbias que fugiram da violência, diz Acnur

Quatro menores, que escaparam do conflito na Líbia, aguardavam sozinhos por asilo na fronteira com o Egito; agência da ONU contou que existem milhares de crianças desacompanhadas na mesma situação.

[caption id="attachment_199119" align="alignleft" width="350" caption="Adolescentes fazem parte de um grupo de 145 refugiados que o Acnur ajudou."]

Por Daniela Gross, da Rádio ONU em Nova York.

Quatro crianças que fugiram sozinhas do conflito na Líbia vão morar na Suécia. A informação foi dada pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. Elas estavam há meses esperando num acampamento em Sallun, uma cidade na fronteira do Egito.

As crianças fazem parte de um grupo de 145 refugiados que, com a ajuda do Acnur, conseguiram permissão para entrar na Suécia.

Situação Preocupante

De acordo com a agência, milhares de crianças estão na mesma situação, o que é “uma das maiores preocupações no momento.” São menores sem nenhuma família ou acompanhante, que tiveram que fugir da Líbia e ainda não tiveram a mesma sorte das outras crianças.

Uma delas, uma adolescente de 17 anos, e que aos 9 anos já não tinha pai ou mãe, saiu da Etiópia sozinha quando tinha 12 anos. De lá, teve que fugir para o Sudão, e depois para a Líbia. Quando a guerra começou, teve novamente que partir. Ela contou que os líbios estavam entrando nas casas, atacando os africanos, e que por isso não era mais seguro ficar no país.

Número de Refugiados

As outras crianças que a partir deste mês terão uma nova vida na Suécia têm 15, 16 e 17 anos. Um deles também não tinha família, e os outros dois, fugiram de Eritreia com medo do recrutamento forçado pelas forças armadas.

Segundo o Acnur, desde o início do conflito na Líbia em fevereiro, mais de 300 mil pessoas fugiram do país em direção a fronteira do Egito.