Acnur anuncia acolhimento de menores líbios pela Suécia
Quatro crianças fugiram do conflito na Líbia e aguardavam sozinhas por asilo na fronteira com o Egipto; agência da ONU aponta para a existência de outros milhares na mesma situação.
[caption id="attachment_199148" align="alignleft" width="350" caption="Segundo o Acnur, mais de 300 mil pessoas fugiram da Líbia desde Fevereiro."]
Daniela Gross, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Quatro crianças que fugiram sozinhas do conflito na Líbia vão morar na Suécia. A informação foi dada pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. O grupo aguardava, há meses, num acampamento em Sallun, uma cidade na fronteira com o Egipto.
As crianças fazem parte de um grupo de 145 refugiados que, com a ajuda do Acnur, conseguiram permissão para entrar no país europeu.
Acompanhante
De acordo com a agência, milhares de crianças estão na mesma situação, no que é considerada “uma das maiores preocupações no momento.” São menores sem nenhum membro da família ou acompanhante, que tiveram que fugir da Líbia sem a mesma sorte que os outros, aponta a agência.
Uma delas é uma adolescente de 17 anos, e que aos 9 anos ficou órfã de pai ou mãe. Ela deixou a Etiópia sozinha, com 12 anos. De lá, teve que fugir para o Sudão, e depois para a Líbia.
Ataque contra Africanos
No início dos confrontos, teve que partir e contou que forças líbias “entravam em casas, e atacavam africanos”, num ambiente que se tornou inseguro para continuar no país.
As outras crianças que, a partir deste mês, terão uma nova vida na Suécia têm 15, 16 e 17 anos. Uma delas não tem família, e os outros dois, fugiram da Eritreia temendo o recrutamento forçado pelas forças armadas.
Segundo o Acnur, desde o início do conflito na Líbia em Fevereiro, mais de 300 mil pessoas fugiram do país em direcção à fronteira com o Egipto.
*Apresentação: Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.