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Acnur alerta para perigos para migrantes que atravessam Golfo de Áden BR

Acnur alerta para perigos para migrantes que atravessam Golfo de Áden

Agência da ONU diz que mais de 74 mil africanos chegaram este ano ao Yemen, após terem feito a travessia; a maioria foge de situações desesperadas de guerra civil, instabilidade política, pobreza, fome e seca nessa região da África.

[caption id="attachment_165745" align="alignleft" width="175" caption="Áden: 74 mil atravessaram"]

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York*.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, indicou nesta sexta-feira que mais de 74 mil africanos chegaram este ano ao Yemen, após terem feito a perigosa travessia do Golfo de Áden.

Segundo o órgão, o total representa um aumento de 50% em relação ao número recorde de 2008.

Migrantes

A maior parte dos migrantes foge de situações desesperadas de guerra civil, instabilidade política, pobreza, fome e seca nessa região da África.

Os refugiados fazem a travessia do Golfo de Áden e do Mar Vermelho em barcos de traficantes em condições terríveis. Uma nota do Acnur revela que muitas dessas pessoas são agredidas, violadas, mortas ou simplesmente atiradas ao mar.

Há também muitos casos de embarcações superlotadas que afundam durante a travessia, resultando em mortes por afogamento de muitos refugiados.

Segundo a agência da ONU, 309 migrantes morreram afogados ou não sobreviveram a travessia este ano.

Os somális já não são a maioria dos refugiados. O número de etíopes que procuram refúgio no Yemen duplicou em 2009, atingindo agora cerca de 42 mil.

Plataforma

Uma outra agência das Nações Unidas, o Escritório para Drogas e Crime, Unodc, também alerta nesta sexta-feira para a difícil situação dos migrantes na região leste da África.

O órgão relembra que recentemente 13 Estados da área aprovaram o programa regional do Unodc para o período 2009-2013, que será usado como plataforma para lidar com questões como o tráfico de migrantes, incluindo programas de sensibilização e novas leis para combater o flagelo.

*Apresentação: Daniela Traldi, Rádio ONU, Nova York.