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Conselho de Segurança debate situação na Somália

Conselho de Segurança debate situação na Somália

Órgão analisa passos dados a caminho da paz; representante do Secretário-Geral no país diz que está otimista.

João Rosário, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A evolução do processo de paz na Somália é um dos temas que será analisado pelo Conselho de Segurança da ONU, esta quinta-feira, em Nova Iorque.

A discussão acontece um dia depois do representante especial do Secretário-Geral da ONU para a Somália, Ahmedou Ould-Abdallah, ter assinalado com optimismo o regresso a Mogadíscio, capital somali, de um dos líderes da oposição que participaram nos contactos para a reconciliação com o governo.

Acordo

Ould-Abdallah considerou o regresso do Sheik Sharif Sheik Ahmed, ausente durante dois anos da capital, um “desenvolvimento muito bem-vindo” ao processo de paz em curso.

Sheik Sharif Sheik Ahmed é o líder da Aliança para a Re-libertação da Somália.

Com mediação da ONU, está em curso o processo para a normalização deste país do Corno de África, depois da assinatura do acordo de entendimento, no Djibouti, em Junho deste ano.

O documento prevê o fim do conflito entre a Aliança para a Re-libertação da Somália e o Governo Federal de Transição e a intervenção de uma força internacional de manutenção de paz da ONU.

Apelo

Esta quarta-feira, o especialista independente para a situação humanitária na Somália, Shamsul Dari, apelou à comunidade internacional que se comprometa com a causa da protecção dos direitos humanos na Somália.

Shamsul Dari lembrou que a protecção dos direitos humanos é uma responsabilidade de todos os Estados.

Comunidade Internacional

O especialista considera que a defesa dos direitos das pessoas na Somália enfrenta grandes dificuldades e diz que é vítima de violações diárias.

Shamsul Dari enumera as condições que permitem o desrespeito dos direitos fundamentais, focando a ausência de um governo central e as quase duas décadas consecutivas de conflitos armados no país.

Face aos problemas, o especialista independente pede que a comunidade internacional repense e renove o seu compromisso para com a protecção dos direitos humanos, de modo a permitir salvaguardar a liberdade e os direitos de todos os somalis.