Guiné-Bissau e ONU unem esforços para promover comunicação e governação
Presidente do Tribunal de Contas destacou que país tem “um dos maiores índices de corrupção” do mundo; tema foi destacado em workshop que esta semana reuniu dezenas de delegados com o apoio das Nações Unidas.*
A Justiça da Guiné-Bissau apoia os esforços para melhorar a forma como várias instituições comunicam, em busca de maior controlo e transparência na governação.
As declarações foram feitas pelo presidente do Tribunal de Contas, Dionísio Cabi, durante a conferência que esta semana abordou a corrupção na capital guineense, Bissau.
Crises
“Foi um exercício extremamente importante para a Guiné-Bissau, visto a sua posição na lista dos países com maior índice de corrupção ao nível mundial, somada à problemática da crise económica e financeira que neste momento se verifica.”
O evento juntou mais de 60 delegados até quarta-feira sob o lema “Apoiando o Combate à Corrupção na Guiné-Bissau”.
O representante especial adjunto da ONU, David Mclachlan-karr, declarou que essa prática ocupa um lugar destacado no cenário político e social no mundo.
Fundos
“A corrupção está presente em todos os países – ricos e pobres, do norte e do sul – países desenvolvidos e em desenvolvimento e que assume muitas formas, tais que subornos, fraudes, apropriações indevidas de fundos ou qualquer outro desvio de fundos por um agente público.”
Entre os temas destacados nos encontros estavam o regime de exploração dos recursos naturais, a propensão à corrupção e os mecanismos de transparência.
O evento também abordou a participação da sociedade civil e dos media na luta contra a corrupção, além de mecanismos de controlo financeiro, auditoria e gestão do orçamento estatal e independência do sistema judiciário face à corrupção.
*Reportagem de Enfamara Cassamá, do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau.