FAO reforça combate ao vírus da Zika em áreas rurais da AL e Caribe
Agência apoia criação de estratégia regional de gestão do vírus para diminuir a a população de mosquito que transmite a doença; especialistas querem utilizar técnicas tradicionais, mas também lançar mão de saberes locais para eliminar a contaminação.
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informou que apoiará uma ação para combater o vírus da Zika em áreas rurais na América Latina e no Caribe.
O objetivo da agência é diminuir a quantidade de mosquitos Aedes Aegypti, que espalham a doença. A FAO quer mapear zonas críticas, grupos mais propensos à picada do mosquito e as formas como ele se propaga para controlar a infecção.
Tradições
A agência disse apoiar o uso de inseticidas e pesticidas, quando necessário, mas quer também se basear em tradições e saberes locais para implementar o projeto.
De acordo com a FAO, as condições climáticas da América Latina e do Caribe facilitam a proliferação do mosquito. A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que até o início deste ano, 4 milhões de pessoas foram infectadas na região.
Um relatório do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, revelou que o impacto do vírus da Zika será ainda maior em países mais pobres e entre as mulheres sem recursos. A FAO quer trabalhar com estes grupos para promover a prevenção ao mosquito.
A agência da ONU reconheceu que o combate ao vírus deve aumentar o consumo de inseticidas e pesticidas, e que os riscos sobre a cadeia agropecuária devem ser considerados.
A FAO também recomenda utilizar modelos com informações e dados de meteorologia, socioeconômicos, ambientais, na produção de uma resposta eficiente que inclua todos os Ministérios envolvidos no combate à infecção.
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