Ataque na República Centro-Africana fere funcionário da Cruz Vermelha
Coordenador humanitário da ONU considera preocupante a situação; violência tida como principal constrangimento para fazer chegar apoio aos necessitados; pelo menos 19 trabalhadores perderam a vida desde o início da crise no país.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O coordenador humanitário da ONU na República Centro-Africana lançou uma nota, esta segunda-feira, que condena "vigorosamente" o ataque contra funcionários do setor na área de Bambari no oeste.
Um trabalhador da Cruz Vermelha foi ferido na quinta-feira. A violência surgiu na sequência de tensões intercomunitárias que causaram a morte de pelo menos cinco civis e o ferimento de outros oito.
Assistência
Aurélien Agbénonci deplorou a violência, no seu apelo "a todos os beligerantes ao respeito e à proteção dos trabalhadores humanitários", que prestam assistência a milhares afetados pela crise no país.
O também representante especial adjunto da Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca, considerou preocupante a situação humanitária do país.
O responsável declarou que os princípios da neutralidade, da independência e da imparcialidade e as regras do direito internacional humanitário devem ser respeitados.
Mortes
Agbénonci declarou que os trabalhadores humanitários pagam um preço muito alto no exercício da sua função. Desde o início da crise no país, 19 deles foram mortos.
O responsável destacou a violência como o principal constrangimento para o acesso do auxílio. Como explicou, os ataques contra trabalhadores humanitários reduzem a capacidade de realizar as atividades essenciais e deixam os mais vulneráveis em uma situação de risco.
O apelo a todas as partes é que garantam que os que oferecem assistência humanitária possam ter acesso seguro aos necessitados e levem a cabo as suas atividades sem obstáculos.
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