Chuvas e insegurança agravam apreensão para auxílio a centro-africanos
Ocha alerta para desafios devido ao agravamento da insegurança; agências noticiosas assinalam morte de 35 pessoas devido à violência na capital Bangui.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Agências humanitárias alertaram para necessidade de financiamento para a reposição urgente de stocks alimentares com urgência na República Centro-Africana.
Falando a Jornalistas, esta sexta-feira, em Genebra, o porta-voz do Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Ocha, Yens Laerke, fez menção ao agravamento da insegurança.
Ajuda
O representante disse que as necessidades do país são muito básicas e urgentes, ao citar limitações na distribuição por desafios que incluem as condições das estradas e a inexistência de infraestrutura essenciais.
Agências noticiosas citam a Cruz Vermelha do país a relatar combates, que nos últimos três dias, mataram 35 pessoas na capital Bangui.
De acordo com a informação das agências, 65 pessoas ficaram feridas na cidade onde ocorrem ataques de retaliação envolvendo cristãos e muçulmanos.
Estação Chuvosa
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, disse que tem um deficit de US$ 95 milhões, sem os quais não será capaz de continuar a responder às necessidades humanitárias em março.
A agência, que disse ter apoiado a alimentação de mais de 200 mil pessoas, considera os montantes necessários para repor os stocks alimentares antes da estação chuvosa que torna as estradas intransitáveis.
No princípio deste mês, o parlamento interino do país elegeu Catherine Samba-Panza como presidente de transição.
A República Centro-Africana passou a ter, igualmente, um governo interino no âmbito dos esforços regionais para a paz na sequência da violência que desde dezembro fez mais de 1 mil mortos.