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ONU celebra Dia Mundial da Ação Humanitária pedindo mais proteção BR

O brasileiro Sergio Vieira de Mello (foto de maio de 2003). Foto: ONU/Evan Schneider

ONU celebra Dia Mundial da Ação Humanitária pedindo mais proteção

No Brasil, data serve para divulgação de um selo pelos Correios do país em homenagem a Sergio Vieira de Mello, o brasileiro morto no atentado de 19 de agosto de 2003 ao lado de outras 21 pessoas, em Bagdá, capital do Iraque; taxas de violência a funcionários bateram recorde no ano passado.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas celebram nesta terça-feira, 19 de agosto, o Dia Mundial da Ação Humanitária. No Brasil, a ONU, os Correios e o Ministério das Relações Exteriores lançam um selo postal em homenagem a Sergio Vieira de Mello.

O brasileiro era representante do secretário-geral para o Iraque quando perdeu a vida, ao lado de outras 21 pessoas, num atentado terrorista à sede da organização em Bagdá. O crime ocorreu em 19 de agosto de 2003.

Fim das Guerras

Em entrevista à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, o único sobrinho de Sergio Vieira de Mello, André Simões, disse que a família recebeu bem a homenagem do selo.

Mas para ele, Vieira de Mello merecia uma homenagem ainda maior da comunidade internacional: o fim de guerras e conflitos.

“Neste momento, eu acho que para ele, a homenagem seria o respeito e a promoção dos direitos humanos no sentido macro das populações e da carta da ONU e sua bandeira que continuam sendo desrespeitados inclusive por Estados-membros. É muito triste que 11 anos depois nós continuamos tendo guerras e massacres.”

Raptos e Mortes

Em uma mensagem sobre o dia, o secretário-geral também lamentou o número de funcionários humanitários sequestrados, gravemente feridos ou mortos. Somente em 2013, 58 trabalhadores das Nações Unidas morreram em serviço. O maior número de fatalidades ocorreu na Somália e no Sudão do Sul.

Ban Ki-moon disse que nas últimas semanas, dezenas de trabalhadores, incluindo integrantes da ONU, perderam suas vidas no Sudão do Sul ou em Gaza.

O chefe da ONU lembrou que essas mortes só dificultam a situação de pessoas que dependem desesperadamente de assistência humanitária. Entre as consequências dos ataques, crianças deixam de tomar vacinas e desalojados não recebem comida ou água.

No Dia Mundial da Ação Humanitária, Ban Ki-moon pede que sejam honrados “os trabalhadores heróicos que de forma corajosa, se apressam em responder aos pedidos das pessoas necessitadas”.