Bacia do Congo com acordo para combater comércio ilegal de madeira
Governos de vários países africanos assinaram documento com representantes da indústria e da sociedade civil; segundo a FAO, região tem 300 milhões de hectares, a segunda maior floresta tropical do mundo.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Governos dos maiores produtores de madeira em África e representantes da indústria madeireira e da sociedade civil assinaram um acordo para combater o comércio ilegal do produto na Bacia do Congo.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, a região com uma área de 300 milhões de hectares, é a segunda maior floresta tropical do mundo.
Perdas Monetárias
A Bacia do Congo também é grande fornecedora de madeira ilegal, parte de um comércio global que custa aos governos US$ 10 bilhões anuais em receitas fiscais perdidas.
Reunidos na capital congolesa Brazzaville, representantes de seis nações africanas adotaram a declaração que “marca um compromisso sem precedentes para o desenvolvimento sustentável e legal da região”, afirmou a FAO.
Desflorestação
Além da anfitriã, República Democrática do Congo o acordo envolve o Congo, os Camarões, a República Centro-Africana, a Côte d’Ivoire e o Gabão. A meta é engajar os parceiros a implementar medidas de melhoria da investigação da madeira, na transparência e na governação florestal.
O especialista em florestas da FAO, Olman Serrano, acredita que a “Declaração de Brazzaville”, como foi denominado o acordo, poderá diminuir o ritmo da desflorestação na região.
Carbono
A agência da ONU calcula que as florestas da Bacia do Congo perderam 700 mil hectares anuais, entre 2000 e 2010. A região é também fonte importante de estabilização do clima global.
Pesquisas recentes mostram que as árvores da Bacia do Congo são maiores em estatura se comparadas com as espécies da Amazónia, a maior floresta do mundo.
Por isso, a floresta tropical africana tem grande capacidade para armazenar carbono e segundo a FAO, é um “recurso crucial para a produção e maneio sustentável das florestas.”
*Apresentação: Denise Costa.