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ONU quer “revolução tecnológica” para combater extração ilegal da madeira BR

ONU quer “revolução tecnológica” para combater extração ilegal da madeira

Em artigo, chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner, anunciou o lançamento do programa Global Forest Watch 2.0; contrabando de madeira gera até U$ 100 bilhões por ano.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas afirmaram que o mundo precisa de uma revolução tecnológica para proteger suas florestas da extração ilegal de madeira.

Em artigo, divulgado nesta quinta-feira, a ONU informou que lançará, no fim deste ano, o programa Global Forest Watch 2.0 para monitorar o contrabando de madeira em todo o mundo.

Nível Global

De acordo com o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner, a extração ilegal gera de US$ de 30 a US$ 100 bilhões de dólares por ano.

Segundo Steiner, apesar de o desmatamento estar caindo em algumas partes do mundo, como por exemplo no Brasil, a perda de florestas é responsável por até 17% das emissões de dióxido de carbono por seres humanos. Deste total, mais da metade vem de aviões, navios e transportes terrestres.

A ONU estima que 1,6 bilhão de pessoas dependam da floresta para sobreviver incluindo 60 milhões de indígenas.

Captura

O lançamento do novo programa de monitoramento irá ajudar a combater a extração ilegal de madeira de forma mais eficiente. Até o momento, as imagens de satélite de desmatamento não ajudam na captura dos criminosos.

Na Indonésia, os mapas produzidos pela Landsat satelite levaram três anos para serem colocados na internet. A média de produção de um mapa digital é de cinco anos.

O programa anunciado pelo Pnuma está sendo realizado graças a uma parceria do Instituto Mundial de Pesquisa, WRI na sigla em inglês. Participam da iniciativa ONGs e empresas de várias partes do mundo.

O Global Forest Watch 2.0 inclui uma tecnologia de controle remoto com imagens de alta resolução, mapas que mostram o desmatamento quase que em tempo real, além de uma plataforma fácil de operar para os usuários.

Os locais mais afetados pela extração ilegal da madeira são os países da Bacia do Congo, do sudeste da Ásia e da Amazônia.