Secretário-Geral prevê aumento dos riscos para população que vive em cidades costeiras até 2050; evento de alto nível na sede da ONU antecipa Dia Mundial da Habitação, em 7 de outubro.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Os efeitos das mudanças climáticas, o tráfego congestionado e a falta de planejamento foram citados pelo Secretário-Geral como desafios à expansão urbana.

Na sede da ONU, em Nova York, Ban Ki-moon falou em um evento de alto nível sobre o Dia Mundial da Habitação, comemorado em 7 de outubro.

Terremotos

Segundo Ban, a população em cidades costeiras expostas a ciclones e furacões irá dobrar para 680 milhões de pessoas até 2050. Ele afirmou ainda que mais da metade das grandes cidades estão em áreas de grande risco de terremoto.

O Secretário-Geral defendeu o planejamento como essencial, já que desde o começo do novo milênio, os desastres naturais geraram perdas econômicas de US$ 1,3 trilhão ou mais de R$ 2,8 trilhões.

Morros

Ban disse que ao invés de abrigar favelas, morros e encostas deveriam estar intactos para controlar enchentes e proteger contra deslizamentos de terra.

O chefe da ONU ressaltou ainda que a eficiência do sistema de transporte faz a diferença entre uma cidade próspera e outra com dificuldades. Ban citou que as cidades dos países em desenvolvimento devem enfrentar a “pobreza do transporte”.

Ônibus e Trens

Isso acontece, segundo Ban, quando uma parcela da população não pode pagar as passagens; quando pessoas com deficiência e idosos não têm acesso a transportes práticos e ressaltou que a segurança é um problema sério para mulheres e jovens.

Ban Ki-moon disse que o uso de trens, de ônibus ou de bicicletas deve prevalecer em relação aos carros e os pedestres devem ser incentivados a usar calçadas, desde que bem iluminadas.

O Secretário-Geral destacou que os transportes têm papel-chave nas metas do desenvolvimento sustentável e pediu mais compromisso para que as cidades sejam acessíveis a todos e resilientes a desastres naturais.