PMA expõe desafio para alimentar milhões de vítimas do conflito sírio
De acordo com a agência, até meados deste ano serão necessários US$ 136 milhões para 1,5 milhão sírios; agência alerta que são mais necessários alimentos básicos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Iorque.
O Programa Mundial da Alimentação, PMA, anunciou que 2,5 milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar na Síria. A agência reporta um aumento das necessidades humanitárias, especialmente de alimentos básicos.
Num comunicado emitido esta terça-feira, em Genebra, o PMA refere que, até meados deste ano, deve precisar de US$ 136 milhões para realizar o plano de distribuição e beneficiar 1,5 milhão de sírios.
Distribuição
O PMA refere que a maioria dos beneficiários está nos vizinhos Iraque, Jordânia, Líbano, Turquia e Egito, onde decorrem atividades da agência.
Dentro do país, a falta de parceiros e diversos “desafios das áreas mais afetadas condicionam o aumento da assistência”, defendo o PMA. As Nações Unidas estimam que 60 mil pessoas morreram na Síria, desde o início dos confrontos, em Março de 2011.
Aumento
A ONU defende que o número de pessoas que necessitam de ajuda humanitária no interior do país quadruplicou nos últimos nove meses de 2012, totalizando 4 milhões.
A organização indica que, nos últimos meses, é observada a escalada no conflito, desencadeado pelos protestos contra o presidente al-Assad.
Encontros
Entretanto, nesta terça-feira o representante da ONU e da Liga Árabe para o país manteve um encontro com o primeiro-ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros.
Antes, Lakhdar Brahimi reuniu-se com o chefe do governo e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Catar, como parte da série de reuniões regionais e internacionais com vista a uma solução política negociada para o fim do conflito sírio.
Oposição
No Egito os encontros envolveram a liderança da Coligação Nacional para Revolucionária Síria e outras forças da oposição.
Numa atualização das atividades de Brahimi, o porta-voz do Secretário-Geral falou do empenho da ONU, em cooperação com outros parceiros, para aliviar o sofrimento do povo sírio, dentro e fora do país.
Paz
O representante refere que as Nações Unidas vão continuar a ajudar o povo da Síria a “cumprir as suas legítimas aspirações de paz, dignidade, justiça, liberdade e democracia na Síria.”
O périplo de Brahimi, iniciado em Dezembro, incluíram uma deslocação à capital russa, Moscovo, onde reuniu com o ministro das Relações Exteriores antes de visitar Damasco, para um encontro com o presidente sírio, Bashar al-Assad.