Aiea retorna ao Irã no fim do mês para debater programa nuclear do país
Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica terminaram visita nesta terça-feira para apurar instalações nucleares iranianas.
[caption id="attachment_210991" align="alignleft" width="350" caption="Yukiya Amano"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, encerraram, nesta terça-feira, uma visita oficial de três dias ao Irã. Os técnicos estiveram no país para saber mais sobre o programa nuclear iraniano.
Alguns representantes da comunidade internacional temem que o país possa estar construindo armas nucleares. Mas o governo iraniano afirma que as atividades têm fins pacíficos. De acordo com a agência, uma nova reunião foi marcada para os dias 21 e 22 de fevereiro em Teerã, capital do país.
Sanções
Antes do fim da visita, o alto representante das Nações Unidas para o Desarmamento, Sérgio Duarte, falou à Rádio ONU, em Nova York, sobre como o tema vem sendo tratado no Conselho de Segurança.
“A posição das Nações Unidas é aquela que foi expressa nas resoluções do Conselho de Segurança a respeito do Irã. Primeiro, exortando o Irã a cessar o seu programa de enriquecimento de material nuclear e depois, adotando sanções sobre o Irã para ver se era possível e ao mesmo tempo, abrindo o caminho para negociações. Já a posição do Irã é que essas sanções, essas manifestações do Conselho de Segurança são ilegais”.
A delegação da Aiea, que esteve no Irã, também discutiu com autoridades do país os passos iniciais que devem ser tomados pelo governo iraniano.
Diálogo
O chefe da Aiea, Yukiya Amano, afirmou que a agência se comprometeu a intensificar o diálogo, o que segundo ele, continua sendo essencial para o progresso de questões importantes.
Em comunicado, os inspetores da agência explicaram suas preocupações e identificaram as prioridades, que estão focadas no esclarecimento de um possível componente militar no programa iraniano.
O Conselho de Segurança da ONU já adotou quatro resoluções com sanções contra o Irã, citando riscos de proliferação de seu programa nuclear e a falta de cooperação do país com a Aiea.