Mandato do Brasil no Conselho de Segurança entra na fase final
País se despedirá do órgão em 31 de dezembro após dois anos de atuação como membro rotativo; na vaga latino-americana entrará Guatemala.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Após um mandato de dois anos no Conselho de Segurança, o Brasil deverá deixar o órgão das Nações Unidas neste 31 de dezembro. O país ocupou um dos 10 assentos rotativos do Conselho.
A vaga latino-americana será preenchida, a partir de 1º de janeiro, pela Guatemala.
Violência na Líbia
Em fevereiro, o Brasil assumiu a presidência da casa, que aprovou uma resolução histórica condenando a violência na Líbia.
Além da “Primavera Árabe”, os países-membros do órgão acompanharam o nascimento de uma nova nação: o Sudão do Sul e votaram a reeleição do Secretário-Geral das Nações Unidas para um novo mandato de cinco anos à frente da organização.
Nesta entrevista à Rádio ONU, de Nova York, a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti lembrou que a contribuição brasileira se baseou na articulação de consensos.
Alguns Pontos
“Foram dois anos de muita atividade no Conselho em que o Brasil procurou realçar alguns pontos. Por exemplo, a promoção da solução de conflitos, por meios diplomáticos, foi um dos temas que o Brasil procurou realçar no exercício de seu mandato nestes últimos anos. Nós insistimos muito na conveniência de que primeiro se exaurissem os recursos políticos antes de o Conselho recorrer a medidas coercitivas como sanções, por exemplo.”
Em 31 de dezembro, o Brasil encerrará o seu décimo mandato rotativo no Conselho de Segurança. O país, ao lado da Alemanha, da Índia e do Japão, além de outras nações, tem advogado pela reforma do órgão. A intenção brasileira é obter um assento permanente no Conselho, que hoje tem cinco membros nesta categoria: China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia.