ONU pede diálogo para resolver crise em disputada região sudanesa
Cerca de cinco anos após a assinatura de um acordo de paz que pôs fim a mais de duas décadas de conflito entre o norte e o sul as tensões persistem em Abyei, uma cidade rica em petróleo; enviado especial da organização sublinhou que a paz naquela disputada área ajudará a reforçar a estabilidade global do país africano.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O representante especial de Ban Ki-moon no Sudão disse que o diálogo deve continuar na cidade de Abyei, rica em petróleo.
Ashraf Qazi, que deverá abandonar o cargo muito em breve, sublinhou que a paz naquela disputada área ajudará a reforçar a estabilidade global do país africano.
Referendo
No seu último relatório sobre o Sudão, o Secretário-Geral da ONU expressou preocupação sobre a falta de progresso na resolução da disputa sobre Abyei. A cidade fica situada perto da fronteira entre o norte e o sul onde um referendo sobre o futuro da região está agendado para 2011.
Cerca de cinco anos após a assinatura de um acordo de paz que pôs fim a mais de duas décadas de conflito entre o norte e o sul, que matou mais de 2 milhões de pessoas, as tensões persistem em Abyei entre as tribos Missiriya e Dinka Ngok.
Em Julho do ano passado, a Corte Permanente de Arbitragem em Haia modificou a demarcação fronteiriça da cidade, entregando o controle do campo petrolífero de Heglig, ao governo nacional em Cartum.
Apesar da decisão ter sido aceite pelos dois signatários do acordo de paz de 2005, o relacionamento entre as tribos Missiriya e Dinka Ngok tem sido marcado por confrontos e tensões.
Negociações
Na sua última visita à região como chefe da missão das Nações Unidas no Sudão, Qazi disse que os desafios são ultrapassados através de negociações.
Ele realçou que dado o papel crucial de Abyei no processo de paz no país, a estabilidade da área irá contribuir para a paz em todo o Sudão.