O estigma sobre hanseníase no discurso público

Presidente francês e vice-primeiro ministro italiano usaram doenca, conhecida como lepra, para falar de nacionalismo; numa entrevista com a ONU News, relatora da ONU Alice Cruz diz que este discurso aumenta o estigma.
A relatora da ONU para a eliminação da discriminação das pessoas com hanseníase, Alice Cruz, disse que os líderes na França e na Itália devem parar imediatamente de usar a doença, conhecida como “lepra”, como metáfora nos debates sobre nacionalismo.
A especialista das Nações Unidas defende nesta entrevista à ONU News, de Quito, no Equador, que as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, e do vice-primeiro ministro italiano, Luigi Di Maio, são “terríveis".
Alice Cruz explica a importância deste alerta e afirmou que o tipo de discurso tem várias consequências para quem vive com a enfermidade.
A especialista acredita ainda que “a lepra se tornou muito mais que uma doença, tornou-se uma metáfora para tudo que é socialmente considerado vergonhoso, perturbador e deve ser mantido à parte".