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O estigma sobre hanseníase no discurso público

Relatora da ONU para a eliminação da discriminação das pessoas com hanseníase, Alice Cruz.

As consequências estão aí, é este enorme estigma que justifica que existam ainda leis discriminatórias em mais de 20 países, que as pessoas continuem a ser segregadas nas suas comunidades, dentro das suas famílias, nos locais de trabalho

Alice Cruz , relatora da ONU para a eliminação da discriminação das pessoas com hanseníase

Alice Cruz
Relatora da ONU para a eliminação da discriminação das pessoas com hanseníase, Alice Cruz.

O estigma sobre hanseníase no discurso público

Saúde

Presidente francês e vice-primeiro ministro italiano usaram doenca, conhecida como lepra, para falar de nacionalismo; numa entrevista com a ONU News, relatora da ONU Alice Cruz diz que este discurso aumenta o estigma.

A relatora da ONU para a eliminação da discriminação das pessoas com hanseníase, Alice Cruz, disse que os líderes na França e na Itália devem parar imediatamente de usar a doença, conhecida como “lepra”, como metáfora nos debates sobre nacionalismo.

A especialista das Nações Unidas defende nesta entrevista à ONU News, de Quito, no Equador,  que as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, e do vice-primeiro ministro italiano, Luigi Di Maio, são “terríveis".

Alice Cruz explica a importância deste alerta e afirmou que o tipo de discurso tem várias consequências para quem vive com a enfermidade.

A especialista acredita ainda que “a lepra se tornou muito mais que uma doença, tornou-se uma metáfora para tudo que é socialmente considerado vergonhoso,  perturbador e deve ser mantido à parte".