Economia não-petrolífera de Timor-Leste vai crescer 3% este ano
FMI recomenda reformas de políticas para apoiar menor dependência da economia pelo petróleo; instituição destaca que produção em campo petrolífero pode esgotar em 2022.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
A economia não-petrolífera de Timor-Leste vai crescer de forma moderada e atingir cerca de 3% em 2017.
O Fundo Monetário Internacional, FMI, revelou esta sexta-feira que as razões para esse desempenho são a redução das despesas do governo e a desaceleração da atividade económica.
Diversificação
Uma avaliação de 10 dias feita por funcionários da instituição no país destaca que Timor-Leste precisa de reformar políticas estruturais para apoiar a diversificação económica.
Os objetivos dessas medidas são melhorar a infraestrutura básica, o acesso financeiro, a competitividade do trabalho e a facilidade de fazer negócios.
O FMI defende que a expansão da inclusão financeira é uma prioridade juntamente com a vigilância na proteção contínua da estabilidade financeira com o reforço da capacidade de supervisão e regulamentação.
Sustentabilidade
A instituição sublinha ainda que o país observou a segunda queda anual no saldo do Fundo do Petróleo, agora com US$ 15,8 mil milhões.
A médio prazo, a economia de Timor-Leste vai depender em grande forma da diversificação, uma vez que no campo petrolífero a produção será esgotada por volta do ano 2022.
A recomendação do FMI é que o país implemente uma estratégia de reformas fiscais para assegurar a sustentabilidade do setor a longo prazo e que racionalize as despesas.
A outra medida recomendada é que sejam protegidos os gastos com a saúde e a educação além de se melhorar a eficiência das despesas públicas timorenses.
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