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ONU alerta sobre aumento de desemprego na América Latina

ONU alerta sobre aumento de desemprego na América Latina

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Crises econômicas na região indicam redução de meio ponto porcentual nas taxas urbas de emprego; dados constam da nova edição do relatório "Conjuntura Laboral na América Latina e no Caribe", divulgado nesta quarta-feira.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Comissão Econômica da ONU para América Latina e Caribe, Cepal, afirmou que as crise econômica pode levar a um aumento do desemprego em 2016 em países da região.

Os dados constam de um relatório compilado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, OIT, "Conjuntura Laboral na América Latina e no Caribe".

Evolução

O documento revela que a redução na taxa de ocupação de trabalhadores em centros urbanos será de meio ponto porcentual, este ano. O tema será discutido no 36° período de sessões da Cepal, marcado para o fim do mês na Cidade do México.

Os economistas da agência da ONU acreditam que a evolução nos mercados laborais da América Latina e do Caribe será, no geral, negativa.

A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse que o movimento de melhores indicadores, que havia beneficiado a região nos últimos 15 anos, foi freado por um contexto macro-econômico global desfavorável.

Dinamismo

A taxa média de desemprego aumentou, pela primeira vez, desde 2009, passando de 6% para 6,5% em 2015. Uma outra causa para a queda é a fraca geração de postos de trabalhos assalariados como resultado do baixo dinamismo da atividade econômica.

A previsão da Cepal é que o desemprego leve ao aumento dos níveis de pobreza latino-americanos atingindo 29,2% dos habitantes da região.

No ano passado, a taxa de desemprego subiu em sete dos 19 países latino-americanos e caribenhos.  O mercado laboral obteve melhores resultados na América Central, no México, na República Dominicana e outras nações do Caribe, se comparados aos níveis da América do Sul.

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A taxa média de desemprego aumentou, pela primeira vez, desde 2009, passando de 6% para 6,5% em 2015. Foto: Banco Mundial