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Conflitos estão mais intensos em Alepo, na Síria

Conflitos estão mais intensos em Alepo, na Síria

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Ocha recebe relatos de ataques aéreos e bombardeios que têm causado mortes de civis; governo retira medicamentos de pacote humanitário entregue pela OMS no país; violência leva Unrwa a cancelar aulas no campo de Yarmouk.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, recebeu relatos do aumento da violência na cidade síria de Alepo e arredores. Foram registrados ataques aéreos, bombardeios e fortes conflitos.

A onda de violência resultou em mortes e em ferimentos de civis. Prédios, escolas, hospitais e mesquitas foram afetados pelos confrontos recentes. A ONU continua extremamente preocupada com a situação em Alepo e com o grave impacto da violência sobre os civis.

Medicamentos

A situação reflete também nas entregas humanitárias à região. As Nações Unidas pedem a todos os lados em conflito na Síria que protejam os civis, de acordo com a lei internacional humanitária.

Um comboio chegou no começo da semana à região rural de Homs, levando comida e itens de saúde e de educação para mais de 122 mil pessoas.

Mas o governo sírio retirou medicamentos que seriam entregues pela Organização Mundial da Saúde. O governo também não permitiu a entrada de tesouras e anestesias incluídas em kits para parteiras enviados pelo Unicef.

Palestinos

A situação também está delicada nos arredores da capital Damasco. Houve um bombardeio recente no campo de Yarmouk, onde vivem milhares de refugiados palestinos.

A agência especializada da ONU, Unrwa, cancelou as aulas na tarde de segunda-feira e os movimentos dos funcionários também estão restritos. Foi feito mais um apelo para o fim completo das hostilidades na Síria.

Em fevereiro, um bombardeio causou a morte de 30 palestinos em Yarmouk. Até o momento, não houve melhorias no acesso à comida e à água, e a agência da ONU de Assistência a Refugiados Palestinos continua extremamente preocupada com a situação.

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Photo Credit
Criança síria. Foto: EPA-STR/Unicef.