Burquina Fasso vai às urnas para eleger novo presidente e Parlamento
Secretário-geral pediu continuação de respeito para a realização do pleito no país africano; nação do Sahel atravessa crise humanitária, com mais de 1 milhão de deslocados internos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou os líderes políticos e o povo de Burkina Fasso por “manterem uma atmosfera de respeito mútuo ao longo do processo eleitoral, apesar dos desafios que o país enfrenta.”
O país africano realiza eleições gerais este domingo, 22 de novembro, para escolher seu novo presidente e os integrantes da Assembleia Nacional.
Segurança
Em nota emitida pelo seu porta-voz, o chefe da ONU apela a todas as partes interessadas para que mantenham esta postura e garantam que as votações sejam concluídas “de forma inclusiva, credível e pacífica.”
O secretário-geral também apela às forças de segurança a “fazerem todos os esforços para proteger os civis em todo o país enquanto votam e a agirem de acordo com a lei.”
Guterres reitera ainda o compromisso das Nações Unidas de apoiar os esforços nacionais para consolidar a governabilidade democrática, promover a coesão social e alcançar o desenvolvimento sustentável.
Crise
Burquina Fasso junto a outros países do Sahel, como Mali e Níger, atravessa uma crise humanitária.
Segundo as Nações Unidas, existem mais de 1 milhão de deslocados internos, cerca de 5% da população.
Em outubro, o diretor regional para a África Ocidental.do Programa Mundial de Alimentos, PMA, Chris Nikoi, informou que “violência e conflitos terríveis” em partes do norte de Burkina Faso deixaram mais de 10 mil pessoas “a um passo da fome”.
Segundo ele, o mundo não pode esperar para agir depois da morte de crianças, mulheres e homens.