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Burquina Fasso vai às urnas para eleger novo presidente e Parlamento BR

Dois meninos do Burquina Fasso indo para a escola, em Fada
Unicef/Dejongh
Dois meninos do Burquina Fasso indo para a escola, em Fada

Burquina Fasso vai às urnas para eleger novo presidente e Parlamento

Assuntos da ONU

Secretário-geral pediu continuação de respeito para a realização do pleito no país africano; nação do Sahel atravessa crise humanitária, com mais de 1 milhão de deslocados internos. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou os líderes políticos e o povo de Burkina Fasso por “manterem uma atmosfera de respeito mútuo ao longo do processo eleitoral, apesar dos desafios que o país enfrenta.”

O país africano realiza eleições gerais este domingo, 22 de novembro, para escolher seu novo presidente e os integrantes da Assembleia Nacional.

Vila de Dori, na região do Sahel, em Burquina Fasso, acolhia cerca de 15 mil deslocados em fevereiro.
Dori, em Burquina Fasso, acolhia cerca de 15 mil deslocados em fevereiro, Acnur/Sylvain Cherkaoui

Segurança

Em nota emitida pelo seu porta-voz, o chefe da ONU apela a todas as partes interessadas para que mantenham esta postura e garantam que as votações sejam concluídas “de forma inclusiva, credível e pacífica.”

O secretário-geral também apela às forças de segurança a “fazerem todos os esforços para proteger os civis em todo o país enquanto votam e a agirem de acordo com a lei.”

Guterres reitera ainda o compromisso das Nações Unidas de apoiar os esforços nacionais para consolidar a governabilidade democrática, promover a coesão social e alcançar o desenvolvimento sustentável.

Crise

Burquina Fasso junto a outros países do Sahel, como Mali e Níger, atravessa uma crise humanitária. 

Segundo as Nações Unidas, existem mais de 1 milhão de deslocados internos, cerca de 5% da população.

Em outubro, o diretor regional para a África Ocidental.do Programa Mundial de Alimentos, PMA, Chris Nikoi, informou que “violência e conflitos terríveis” em partes do norte de Burkina Faso deixaram mais de 10 mil pessoas “a um passo da fome”.

Segundo ele, o mundo não pode esperar para agir depois da morte de crianças, mulheres e homens.