Perspectiva Global Reportagens Humanas

ONU alerta sobre a propagação do ódio no Dia Internacional do Holocausto

Nações Unidas marcam o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
UN Photo/Loey Felipe
Nações Unidas marcam o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

ONU alerta sobre a propagação do ódio no Dia Internacional do Holocausto

Assuntos da ONU

Chefe das Nações Unidas alerta para a rápida disseminação de discursos intolerantes, especialmente online; António Guterres destaca a importância de lembrar o Holocausto e condenar inequivocamente todas as formas de intolerância.

Neste 27 de janeiro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Na data, o secretário-geral, António Guterres, lembra que “ódio antissemita que alimentou o Holocausto não começou com os nazis, nem terminou com a sua derrota”.

Ele alerta que atualmente o ódio se “propaga em velocidade alarmante”, principalmente na internet, e que a “demonização do outro e o desdém pela diversidade são um perigo para todos”.

ONU alerta sobre a propagação do ódio no Dia Internacional do Holocausto

Intolerância

Segundo o chefe da ONU, a pausa para lembrar daqueles que foram perseguidos no Holocausto deve vir com o reforço do compromisso de não esquecer das vítimas e sobreviventes e não permitir que a verdade do que aconteceu seja esquecida.

Guterres adiciona que que nenhuma sociedade está imune à intolerância e a coisas piores e avalia que “a intolerância para com um grupo significa intolerância para com todos”.

O secretário-geral das Nações Unidas citou a frase do ex-rabino-chefe do Reino Unido, Jonathan Sacks - “O ódio que começa com os judeus nunca termina com os judeus” – para apontar que na sequência dos ataques terroristas de 7 de outubro, as forças do ódio e da divisão devem ser combatidas.

Ele afirma que o antissemitismo deve ser “condenado inequivocamente”, bem como todas as formas de racismo, de preconceito e de intolerância religiosa, incluindo o ódio contra mulçumanos e a violência contra comunidades cristãs minoritárias.

Em chamado pela defesa dos direitos humanos, Guterres afirma que “não nos devemos calar perante a discriminação e não devemos ser tolerantes com a intolerância”.

6 milhões de judeus

Segundo dados citados pela ONU, cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados no Holocausto, sendo 1,5 milhão deles crianças. Milhões de outras pessoas de grupos-alvo também foram assassinadas. 

Este ano, o dia 27 de janeiro marca os 79 anos da liberação de Auschwitz, que foi o maior campo de concentração nazista.