ONU e parceiros ampliam projeto de adaptação e resiliência climática nos Andes
Clima e Meio Ambiente
Iniciativa da Organização Meteorológica Mundial e Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação cobre seis países da região; programa busca reduzir impactos dos perigos hidroclimáticos e adaptação aos contextos climáticos; investimento suíço é de CHF 5,8 milhões
A Organização Meteorológica Mundial, OMM, aprovou a ampliação de um projeto para construir capacidade regional e resiliência à variabilidade e mudança climática nos Andes.
A Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação vai investir CHF 5,8 milhões para a aumentar o programa na região, atualmente implementado pela OMM por meio do Fundo de Adaptação.
Desaparecimento das geleiras em algumas das mais altas cadeias de montanhas do mundo afetará mais de 2 bilhões de pessoas.
Redução dos ricos de desastres
A iniciativa apoiará seis dos sete países andinos em seus esforços de adaptação e resiliência climática, adicionando Argentina, Bolívia e Equador aos três cobertos pelo formato atual: Chile, Colômbia e Peru.
O projeto envolve todas as instituições regionais da OMM na América do Sul, incluindo os Centros Regionais do Clima para o Sul e Oeste da América do Sul, e os Centros Regionais de Treinamento no Peru e Argentina.
Segundo a OMM, o programa possui três objetivos, entre eles melhorar a capacidade da sociedade e comunidades dos países participantes para se adaptar a um clima variável e em mudança e contribuir para a redução dos riscos de desastres associados aos perigos hidroclimáticos.
Adaptação e resiliência
A iniciativa quer capacitar a sociedade e as instituições para fortalecer a resiliência aos riscos relacionados à falta ou excesso de chuvas, sendo capazes de mitigar impactos negativos dos eventos climáticos extremos e mudança climática.
A ação visa melhorar a coordenação e o planejamento, as instituições regionais da OMM e outros parceiros, facilitando o dimensionamento futuro e a replicação em outros contextos.
A presença e influência dos Andes, a cordilheira mais importante do Hemisfério Sul, cria uma grande variedade de condições climáticas e ambientais nos países andinos da América do Sul, não só nas zonas montanhosas, mas também em suas encostas e arredores.
Mulheres andinas dançam e cantam ao ritmo do vento, mostrando grande vínculo com terra e com recursos naturais que preservam
Vulnerabilidade climática
Essas nações compartilham características climáticas, ambientais e culturais distintas que levaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima a reconhecê-los como particularmente vulneráveis às mudanças climáticas.
É esperado que que o projeto melhore as capacidades de produção de serviços e informações de tempo, água e clima ao produzir três resultados: redução de impactos dos perigos hidroclimáticos, aproveitamento dos benefícios de condições favoráveis e adaptação aos contextos climáticos.
Na Argentina e na Bolívia, será desenvolvido um sistema de alerta precoce para inundações repentinas na área binacional da Bacia do Rio Pilcomayo, permitindo uma abordagem transnacional única para melhorar a resiliência e adaptação climática na região.
Alertas precoce
No Equador, o Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia trabalhará na bacia do alto rio Pastaza para produzir alertas de geada para pequenos agricultores familiares e previsões para apoiar a gestão de usinas hidrelétricas.
Já no Peru, o Serviço Meteorológico e Hidrológico Nacional trabalhará para garantir que o conhecimento técnico esteja disponível e distribuído igualmente entre as partes interessadas do projeto.
O projeto foi lançado oficialmente em novembro de 2022 e deve ser encerrado em outubro de 2026.