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Em 2023, Angola deve reforçar cooperação com ONU em iniciativas regionais

Secretário-Geral reúne-se com ministro de Relações Exteriores de Angola.
ONU/Manuel Elias
Secretário-Geral reúne-se com ministro de Relações Exteriores de Angola.

Em 2023, Angola deve reforçar cooperação com ONU em iniciativas regionais

Assuntos da ONU

 

Declaração foi dada para a ONU News pelo ministro das Relações Exteriores do país, Téte António; em Nova Iorque, ele se reuniu com o secretário-geral António Guterres, subsecretários-gerais e embaixadores do Conselho de Segurança, após participar do Encontro de Cúpula Estados Unidos-África, em Washington, na semana passada.

Em 2023, Angola deve fortalecer ainda mais a parceria com as Nações Unidas na área de paz e segurança regionais.

A informação foi dada à ONU News pelo ministro das Relações Exteriores do país africano, Téte António, que visitou as Nações Unidas, esta semana.

A secretária-geral adjunta, Amina Mohammed (à direita), reúne-se com Téte António, ministro das Relações Exteriores de Angola.
ONU/Evan Schneider
A secretária-geral adjunta, Amina Mohammed (à direita), reúne-se com Téte António, ministro das Relações Exteriores de Angola.

Plano de Luanda, RD Congo e República Centro-Africana

“A nossa visita a Nova Iorque foi primeiro para estreitar as nossas relações com as Nações Unidas, que são muito boas. Estou a falar de relações de trabalho, com o Sistema das Nações Unidas. E, por segundo, para falarmos também da complementariedade que a República de Angola tem levado a cabo no que diz respeito às iniciativas regionais. E que são, na verdade, também iniciativas que interessam às Nações Unidas. E, neste âmbito, nós tivemos um encontro com o número 1, o secretário-geral das Nações Unidas, a quem transmitimos as mensagens do Presidente da República, (João Lourenço) no que diz respeito aos processos que ele tem levado a cabo. Estou a falor do Processo de Luanda, no que diz respeito à RDC (República Democrática do Congo).”

Em novembro, o secretário-geral da ONU parabenizou a realização de um pequeno encontro de cúpula em Luanda, capital de Angola, com representantes de vários paíse africanos, e onde foi divulgado um comunicado prevendo a retirada de membros do grupo armado rebelde M23 de áreas ocupadas no leste da República Democrática do Congo, que é alvo de um conflito armado. O evento ficou conhecido como Processo de Nairóbi e Plano de Luanda.

O objetivo é fornecer apoio à operacionalização rápida do mecanismo de verificação ad-hoc criado pelo plano de Luanda e que continua a assistir o processo de paz de Nairóibi.
ONU/Thelma Mwadzaya
O objetivo é fornecer apoio à operacionalização rápida do mecanismo de verificação ad-hoc criado pelo plano de Luanda e que continua a assistir o processo de paz de Nairóibi.

Pacificação de grupos armados

O objetivo é fornecer apoio à operacionalização rápida do mecanismo de verificação ad-hoc criado pelo plano de Luanda e que continua a assistir o processo de paz de Nairóibi.

A atuação do M23 e outros grupos armados não estatais no leste da República Democrática do Congo tem tornado o local uma das mais violentas regiões do país causando uma crise humanitária e de segurança.

O chanceler de Angola, Téte António, lembrou a  liderança do presidente angolano, João Lourenço, para as gestões de pacificação no leste da RD Congo, assim como na República Centro-Africana.

Moçambique assumirá assento no Conselho de Segurança

Angola ocupa, atualmente, a Presidência do Grupo de Países dos Grandes Lagos. Téte António também se encontrou com os embaixadores da China, da Rússia e da França, três dos cinco países com assentos permanentes no órgão.

A agenda do ministro incluiu uma visita de cortesia aos embaixadores do chamado A3: Gana, Gabão e Quênia, membros rotativos do Conselho de Segurança.

Em janeiro, o A3 passar a contar com Moçambique, que chegará ao órgão para um mandato de dois anos. O país de língua portuguesa ocupará o assento deixado pelo Quênia.