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Tensão nuclear e clima são foco de visita de Guterres à Mongólia BR

Secretário-geral da ONU, António Guterres, em Tóquio.
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Secretário-geral da ONU, António Guterres, em Tóquio.

Tensão nuclear e clima são foco de visita de Guterres à Mongólia

Paz e segurança

Secretário-geral das Nações Unidas segue em viagem pela Ásia nesta semana; chefe da ONU esteve no Japão para cerimônia dos 77 anos do bombardeio atômico em Hiroshima; após passagem pela capital mongol, ele segue para Coréia do Sul.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou hoje a Ulan Bator, capital da Mongólia. Esta é a segunda parada da viagem de Guterres pela Ásia. Antes, ele esteve no Japão para participar da cerimônia que marcou o 77º aniversário do bombardeio atômico à cidade de Hiroshima.

O chefe da ONU está na Mongólia a convite do presidente Khurelsukh Ukhnaa. 

Agenda oficial

A Mongólia é uma zona livre de armas nucleares e tem sido um importante interlocutor das Nações Unidas em relação à situação na Península Coreana. Após a visita, ele seguirá para a Coreia do Sul. 

O secretário-geral da ONU também participa de uma cerimônia de plantio de árvores para reconhecer a iniciativa One Billion Trees, ou Um Bilhão de Árvores.

O projeto, lançado em outubro passado, busca plantar um bilhão de mudas até 2030 como parte dos esforços do país para reduzir o impacto das mudanças climáticas e combater a crescente desertificação que está afetando a Mongólia. 

Além disso, ele visitará uma família nômade para conhecer seu modo de vida.

Ameaça nuclear

Nesta segunda-feira, o chefe da ONU concedeu uma entrevista à imprensa japonesa em Tóquio. 

Ele enfatizou que, em um momento em que as tensões geopolíticas estão aumentando e a ameaça nuclear está de volta, os países armados precisam se comprometer a não as utilizar bem como não ameaçar os desarmados.

Guterres também disse esperar que esses pedidos sejam levados a sério porque há uma radicalização da situação global que torna o risco de uma guerra nuclear algo que não pode ser completamente descartado.

Além disso, ele pediu ao Japão que tome medidas climáticas cortando emissões, não financie usinas de carvão no exterior e faça parceria com países para ajudá-los na transição para energia renovável.

Antes de deixar Tóquio, na tarde de segunda-feira, ele se encontrou com o imperador Naruhito do Japão.