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Guterres lamenta falta de progressos por um mundo livre de armas nucleares BR

Memorial da Paz de Hiroshima, em Hiroshima, no Japão.
Unesco/G. Boccardi
Memorial da Paz de Hiroshima, em Hiroshima, no Japão.

Guterres lamenta falta de progressos por um mundo livre de armas nucleares

Paz e segurança

Secretário-Geral da ONU envia mensagem ao Memorial de Paz de Hiroshima, 76 anos após explosão da bomba atômica na cidade japonesa; António Guterres elogia Rússia e Estados Unidos por engajamento no diálogo sobre controle de armas. 

O secretário-geral das Nações Unidas participou das homenagens às vítimas da bomba atômica de Hiroshima, lançada sobre a cidade japonesa há 76 anos, na fase final da Segunda Guerra Mundial. 

Antônio Guterres enviou um vídeo ao Memorial de Paz de Hiroshima lembrando que “uma única arma nuclear causou um sofrimento inimaginável ao povo da cidade, matando dezenas de milhares de pessoas de forma instantânea e outras milhares depois e também nos anos seguintes”.  

Secretário-geral lembrou que os países-membros têm, pela resolução aprovada pela Assembleia Geral, um incentivo para apoiar e assistir quem sobrevive ao ataque terrorista
Governo Federal / Guido Bergmann
Secretário-geral lembrou que os países-membros têm, pela resolução aprovada pela Assembleia Geral, um incentivo para apoiar e assistir quem sobrevive ao ataque terrorista

Resiliência  

Guterres afirmou que Hiroshima é conhecida ainda pelos sobreviventes, os “hibakusha”, que “são uma prova da resiliência do espírito humano”. E pessoas que compartilharam suas experiências com o mundo numa campanha para garantir que ninguém mais tenha o mesmo destino.  

Segundo Guterres, “as Nações Unidas compartilham a visão dos hibakushas por um mundo livre de armas nucleares”. Este foi inclusive o tema da primeira resolução da Assembleia Geral da ONU, adotada cinco meses após a explosão.  

Bomba atômica foi lançada há 76 anos
Foto ONU/Yosuke Yamahata
Bomba atômica foi lançada há 76 anos

Sem Progressos 

Outro documento internacional importante é o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares. Ainda assim, Guterres está “muito preocupado com a falta de progressos para um mundo livre” desses armamentos.  

Ele disse que os países com armas nucleares vêm “modernizando seus arsenais nos últimos anos, iniciando uma nova corrida armamentista”.  

Teste nuclear no Atol Enewetak, nas ilhas Marshall, Estados Unidos, em 1 de novembro de 1952
Governo EUA
Teste nuclear no Atol Enewetak, nas ilhas Marshall, Estados Unidos, em 1 de novembro de 1952

Evitar Catástrofe  

Ao mesmo tempo, o secretário-geral elogiou Rússia e Estados Unidos pela decisão de estender o Novo Tratado Estratégico para Redução de Armas e se engajarem no diálogo sobre o controle de armas. 

Para Guterres, “são os primeiros passos para reduzir o risco de uma catástrofe nuclear”. Ele também pede a todos os países com armas nucleares para adotarem medidas de redução de risco e a todos os governos para reforçarem o compromisso por um mundo livre de armas nucleares. 

O chefe da ONU lembra que a única garantia contra o uso dessas armas é a sua total eliminação e destacou que as Nações Unidas têm compromisso total com esse  objetivo.