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Portugal reforça apelos da União Europeia para fim imediato do conflito na Ucrânia BR

Refugiados em fila na fronteira da entre Ucrânia e Moldávia
© UNICEF/Vincent Tremeau
Refugiados em fila na fronteira da entre Ucrânia e Moldávia

Portugal reforça apelos da União Europeia para fim imediato do conflito na Ucrânia

Paz e segurança

Vice-chefe da diplomacia portuguesa disse à ONU News que governo ucraniano deve receber apoio, financiamento e armamento de Lisboa; mais de 30 mil ucranianos já estão abrigados no país desde o início do conflito. 

Neste 25 de abril, Portugal marcou o retorno à democracia e à liberdade, com a Revolução dos Cravos, na década de 1970. Francisco André falou à ONU News, durante sua visita às Nações Unidas em Nova Iorque. 

Mais de 12 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na Ucrânia
Pnud/Oleksandr Ratushniak
Mais de 12 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na Ucrânia

Plano concreto 

O secretário de Estado está na cidade para participar nos debates sobre consolidação da paz e financiamento ao desenvolvimento. Ao comentar os desdobramentos da situação ucraniana, Francisco André disse que o posicionamento português é que cessem imediatamente os ataques russos na Ucrânia. 

“É preciso parar de imediato este ataque injustificado e ilegal contra a Ucrânia e contra o povo ucraniano. Essa é a primeira mensagem. Depois, uma mensagem que é muito importante, neste momento, uma mensagem de solidariedade para com a Ucrânia e para com os seus cidadãos. Essa é a mensagem que nós, Portugal, também temos vindo a passar: solidariedade no plano político, mas também se deve estender no plano concreto. Há capacidade, hoje, de apoiarmos o povo ucraniano naquilo que são as necessidades e ao seu país. Uma solidariedade no plano financeiro e militar, como tem vindo a acontecer, mas uma solidariedade para com aqueles que têm vindo a ser mais afetados por esta guerra, aqueles têm sentido a necessidade de fugir do seu país para encontrar em paz e segurança”. 

Cerca de 30 mil cidadãos ucranianos receberam abrigo em Portugal. Até o momento, mais de 2,4 mil pessoas foram mortas na guerra. A ONU pediu US$ 2,25 bilhões para levar mais ajuda humanitária aos ucranianos. A quantia é o dobro do valor inicial. 
Para o secretário de Estado, Francisco André, a natureza do apoio português às autoridades ucranianas em termos de financiamento e defesa reflete o consenso da União Europeia. 

“No plano europeu, Portugal é um Estado-membro da União Europeia, que tem sido um ator especialmente envolvido neste processo. Portugal tem participado num mecanismo de apoio à paz da União Europeia e contribuído sempre que é necessário para ajudar a mitigar e a ajudar a Ucrânia nesta altura. Mas volto a repetir, o passo mais importante neste momento é cessar de imediato os ataques russos à Ucrânia e às suas populações.” 

Entrevista com o vice-chefe da diplomacia portuguesa

Escolas  

Nesta terça-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, é recebido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou. Na segunda-feira, ele esteve com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e logo depois, Guterres embarca para a Ucrânia, onde será recebido pelo presidente Volodymyr Zelensky. O chefe da ONU pediu um cessar-fogo para possibilitar corredores humanitários, evacuar civis e garantir a passagem segura de ajuda humanitária. 

O vice-chefe da diplomacia portuguesa disse que a situação de refugiados ucranianos envolve o Estado, a sociedade civil, indivíduos e instituições de poder local. Existem cerca de 2,5 mil crianças ucranianas em escolas portuguesas.